Moraes autoriza sete visitas a Bolsonaro em prisão domiciliar

Ministro do STF libera encontros com líderes da oposição, relator do projeto de anistia e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília, a receber visitas de aliados políticos e líderes da oposição nos próximos dias. A decisão atendeu a sete solicitações feitas pela defesa do ex-presidente.

Entre os nomes liberados estão o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), relator de uma das versões do projeto de anistia em tramitação no Congresso, além de dirigentes do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro. As visitas acontecerão ao longo da próxima semana, em datas específicas definidas pelo ministro.

De acordo com a decisão, Adolfo Sachsida, ex-ministro de Minas e Energia, será o primeiro a se encontrar com Bolsonaro, na sexta-feira, 19 de setembro. No dia 22, está prevista a visita do deputado Rodrigo Valadares. Já em 23 de setembro, será a vez do senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado.

No dia seguinte, 24 de setembro, Bolsonaro receberá o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara. Em 25 de setembro, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, terá autorização para visitar o ex-presidente. Em 26 de setembro, a agenda será fechada com a visita do senador Wilder Morais (PL-GO).

Apesar de o pedido da defesa de Bolsonaro ter solicitado encontros semanais com Valdemar Costa Neto, Moraes liberou apenas uma visita, marcada para o dia 25. A decisão foi tomada dias após Valdemar afirmar publicamente que houve planejamento de golpe no Brasil.

O ministro também autorizou a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para o dia 29 de setembro. O encontro foi liberado nos termos do artigo 21 do Regimento Interno do STF, com duração prevista entre 9h e 18h.

A defesa justificou os pedidos alegando que os encontros seriam necessários para a manutenção de tratativas institucionais entre Bolsonaro e dirigentes de seu partido, além de parlamentares da oposição. Segundo os advogados, esses diálogos são importantes para a definição de estratégias e acompanhamento de pautas relevantes no Congresso.

Em paralelo, a defesa também informou ao STF que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro lidera um grupo de oração que se reúne semanalmente na residência do casal. Segundo os advogados, 16 pessoas participam do encontro às quartas-feiras. A lista dos nomes foi enviada a Moraes, acompanhada da justificativa de que a prática religiosa já ocorria antes da imposição das medidas cautelares.

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