A Azul Linhas Aéreas realiza nesta quinta-feira (29), a primeira audiência para apresentar um plano de recuperação judicial nos Estados Unidos. A companhia informou que o objetivo da medida é reduzir significativamente o endividamento e gerar caixa, conforme o pedido de proteção sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA. O processo funciona de forma semelhante à recuperação judicial no Brasil.
O evento está marcado para acontecer em Nova York, às 12h, no horário de Brasília, onde um primeiro plano será apresentado ao juiz responsável pela condução do caso. Segundo a lei norte-americana, o mecanismo permite que a empresa devedora mantenha todos os seus ativos, podendo negociar um adiamento de dívidas e solicitar um novo empréstimo.
Entre as propostas da Azul está a redução de frota futura em 35%, o que, segundo a empresa, reduzira o custo das operações com modelos mais novos e econômicos, que seriam incorporados conforme o encerramento dos contratos de aluguel de aeronaves. A companhia informou que o processo inclui US$ 1,6 bilhão em financiamento, eliminando mais de US$ 2 bilhões em dívidas e prevendo US$ 950 milhões em novos aportes de capital.
Em comunicado, o CEO da linha aérea, John Rodgerson, atribuiu as dificuldades financeiras enfrentadas nos últimos anos à pandemia de Covid-19, às turbulências macroeconômicas e aos problemas na cadeira de suprimentos de aviação. O Ministério dos Portos disse acompanhar a situação, e o governo acredita que a reestruturação será bem-sucedida, como ocorreu com outras marcas do setor, como Gol e Latam.
