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Ronaldo Fenômeno desiste de candidatura à presidência da CBF

O principal motivo foi a alta de apoio das federações; veja o que é preciso para se eleger
Ronaldo anunciou nesta quarta-feira (12) que desistiu da candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo ele, a falta de abertura para diálogo com as federações inviabilizou sua participação.
Em nota publicada nas redes sociais, o pentacampeão afirmou que tentou apresentar suas ideias e projetos, mas 23 das 27 federações filiadas se recusaram a recebê-lo, alegando satisfação com a atual gestão.
Ronaldo destacou que seu plano era fortalecer o papel dos clubes no processo decisório e ouvir as federações para aprimorar as competições e o desenvolvimento do futebol em seus estados. “A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada”, afirmou.
Ele encerrou a nota agradecendo o apoio que recebeu e reforçando sua crença de que “o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união”.
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Como funciona a eleição na CBF?

Para se candidatar, Ronaldo precisava do apoio de pelo menos quatro federações e de quatro clubes das Séries A ou B do Campeonato Brasileiro. Sem esse respaldo mínimo, ele sequer poderia entrar na disputa.
O colégio eleitoral da CBF é composto por 80 votantes, com pesos diferentes:
•27 federações estaduais – cada uma com três votos (totalizando 81 votos).
•20 clubes da Série A – cada um com dois votos (totalizando 40 votos).
•20 clubes da Série B – cada um com um voto (totalizando 20 votos).
No total, há 141 votos em jogo, e o candidato vencedor precisa obter pelo menos 71 votos. Como as federações somam 81 votos contra 60 dos clubes, o apoio de apenas 14 federações já garante a vitória de qualquer candidato.
Mesmo com a resistência de 23 federações, Ronaldo ainda poderia vencer caso conquistasse o apoio unânime entre os clubes. Se tivesse o mínimo de quatro federações ao seu lado (o que lhe renderia 12 votos) e garantisse todos os 60 votos dos clubes da Série A e B, ele chegaria a 72 votos, superando a maioria necessária.
Laura Basílio sob supervisão de Denise Bonfim.