Neste domingo (29) o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, morreu em sua casa, em Planis, Geórgia, aos 100 anos de idade. O democrata já enfrentava diversos problemas de saúde. Desde fevereiro do ano passado, decidiu não receber mais intervenções médicas e começou a ter cuidados paliativos em casa por conta de um câncer de pele que se espalhou para o fígado e cérebro.
Antes de chegar à presidência em 1977, o político foi também senador e governador do estado Geórgia. Seu mandato como chefe da Casa Branca foi marcado por um cenário econômico com alta na inflação, desemprego e uma crise energética. O perdão a todos os desertores da Guerra do Vietnã foi um dos eventos que marcou sua política interna.
No final de seu mandato, uma disputa diplomática com o Irã resultou no sequestro de 52 americanos. Os reféns só foram liberados 444 dias depois, somente na gestão do presidente Reagan, e a falta de resolução por parte de Carter prejudicou seu desempenho na tentativa de uma reeleição. Ele continuou atuando politicamente por meio da Fundação Carter e organizou missões diplomáticas pelo mundo. Por conta de suas ações para promover a democracia e direitos humanos, o político ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2002.