O governo dos Estados Unidos está perto de enfrentar uma paralisação. Ontem à noite, a Câmara dos Deputados rejeitou um plano defendido pelo presidente eleito Donald Trump para ampliar o financiamento federal e evitar o shutdown, a um mês da posse. O financiamento atual expira à meia-noite.
Se os legisladores não conseguirem prorrogar esse prazo, o governo entrará em uma paralisação parcial, que iria interromper o repasse de recursos para tudo, desde a fiscalização das fronteiras até aos parques nacionais, e cortaria os salários de mais de dois milhões de trabalhadores federais. Os republicanos submeteram a nova proposta à votação depois que Trump e o bilionário Elon Musk, seu assessor informal, criticaram um acordo bipartidário alcançado no Congresso após meses de negociações. Por uma votação de 235 a 174, a Câmara rejeitou o pacote de gastos, que foi elaborado às pressas.
Apesar do apoio de Trump, 38 republicanos votaram contra o pacote, junto a quase todos os democratas. O projeto estenderia o financiamento do governo até março e, a pedido de Trump, suspenderia os limites da dívida federal por dois anos. Na prática, esse é o limite de empréstimos que podem ser contraídos pelo governo para pagar suas contas. Quando ele é atingido, as autoridades precisam honrar seus compromissos com o dinheiro que estiver em caixa, correndo o risco de um indesejado calote.