Nesta segunda-feira (16) o dólar fechou em R$ 6,09 e bateu um novo recorde histórico. O valor é o maior desde o Plano Real, em 1994. Durante o dia a moeda variou entre R$ 6,025 e R$ 6,098. Após a primeira intervação do Banco Central (BC), a cotação do dólar voltou a normalidade, mas em seguida passou a aumentar após cada operação da autoridade monetária.
A colunista da BandNews TV, Juliana Rosa, comentou sobre os impactos do aumento da moeda no preço de diversos produtos, como alimentos e eletrodomésticos, além das incertezas do mercado em relação ao corte de gastos.
“O dólar começa a encarecer principalmente produtos da industria que usam componentes importados, como eletrodomésticos, e preços de alimentos, como a carne, mais vendida no mercado internacional pressionando os preços aqui dentro.” Está tendo uma procura mais forte de dólar, um movimento de proteção diante das incertezas com a votação do Pacote de Corte de Gastos no Congresso, que já é considerado insuficiente e corre o risco de ser desidratado nas negociações”, completou a colunista.
As negociações no Congresso mostram a possibilidade do pacote do governo ser desidratado, com a pressão do PT para flexibilizar mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o setor Judiciário contra a limitação dos supersalários.
Ainda nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez uma visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar as preocupações governamentais com a desidratação do pacote fiscal do governo, no Congresso Nacional.