A prisão do general Walter Braga Netto, decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado (14), foi motivada pela tentativa de obter detalhes da delação de Mauro Cid à Polícia Federal (PF), configurando obstrução de justiça. Cid revelou que Braga Netto contatou o pai dele, o general Mauro César Lourena Cid, para obter informações sigilosas e controlar a investigação.
Em fevereiro, a PF encontrou documentos relacionados à delação de Cid na mesa de Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto. Cid também afirmou que, após sua soltura, o general e outros tentaram descobrir o que ele havia dito à PF.
Além disso, Cid revelou que Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho ao Major Rafael de Oliveira para financiar operações das forças especiais, e a PF confirmou compras de celulares e chips pagos em espécie em Brasília.