No brasil, duas em cada 10 mulheres já foram ameaçadas de morte por parceiros, durante ou depois de relacionamentos. Esse índice é resultado de um estudo do Instituto Patrícia Galvão divulgado nesta segunda-feira (25), que ainda estima que quase 17 milhões de brasileiras já viveram ou vivem situação de risco de feminicídio. Para 90% das entrevistadas, falta proteção do estado e punição dos agressores. Só duas em cada 10 mulheres acham que homem que cometem violência são presos.
Em 2023, o Brasil registrou o maior número de feminicídios desde a tipificação desse crime, em 2015. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o país registrou 1.463 vítimas de feminicídio no ano passado, o que corresponde a 1,4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil habitantes.
Esse número é 1,6% superior ao de 2022, quando houve 1.440 vítimas. Desde 2016, ano em que a Lei do Feminicídio passou a valer integralmente, o aumento no número de casos tem sido quase contínuo.
A Lei 13.104/2015 define feminicídio como o assassinato de uma mulher “por razões da condição de sexo feminino”, abrangendo crimes relacionados à violência doméstica e familiar, bem como aqueles motivados por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.