A guerra na Ucrânia completa hoje mil dias. Nesta data simbólica, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discursou no parlamento Europeu por videoconferência, e afirmou que Vladimir Putin não está interessado em falar sobre paz.
Aos eurodeputados, Zelensky disse que 2025 será o ano que vai decidir o vencedor. E alertou que o contingente de tropas norte-coreanas na Rússia, que hoje está em cerca de dez mil, pode crescer para 100 mil. O reforço do país asiático aliado de Putin, confirmado no mês passado, fez aumentar as possibilidades de envolvimento direto de outras potências no conflito.
Em mil dias de invasão, milhares de cidadãos ucranianos morreram, mais de 6 milhões vivem como refugiados no exterior, e a população do país caiu em um quarto. Trata-se do maior conflito da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Enquanto isso, as tropas ucranianas aparentam exaustão, batalhando em numerosos fronts, e com Kiev sitiada por ataques frequentes de mísseis e drones. Além disso, o país precisa lidar com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, em janeiro, que pode colocar em xeque a ajuda militar americana ao país.