Mônica Bergamo: Estudante da PUC é demitida de escritório após racismo

Reprodução: Band - UOL

A estudante de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Tatiane Joseph Khoury, de 20 anos, foi demitida do escritório de advocacia Pinheiro Neto Advogados após ser identificada em um vídeo ofendendo alunos cotistas da Universidade de São Paulo (USP). O caso aconteceu no último sábado (16), durante os Jogos Jurídicos Estudantis, em Americana (SP), e foi divulgado nas redes sociais.

 

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O vídeo mostra integrantes da Torcida da Atlética 22 de Agosto, da PUC-SP, proferindo insultos racistas e preconceituosos, utilizando termos como “pobres”, “cotista” e “macaco”, direcionados a estudantes da USP. O episódio levou a denúncia formal ao Ministério Público.

Em nota oficial, o escritório Pinheiro Neto Advogados lamentou o ocorrido e confirmou a demissão da estagiária. “O escritório Pinheiro Neto Advogados lamenta o episódio ocorrido durante os Jogos Jurídicos Estaduais, no último sábado (16). O escritório reitera que não tolera e repudia racismo ou qualquer outro tipo de preconceito. Informamos que a estagiária envolvida nesse episódio não integra mais o escritório”, informou a organização.

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) se manifestaram sobre os episódios de discriminação. Em nota, a diretoria da USP classificou as manifestações como “absolutamente inadmissíveis” e contrárias aos valores democráticos e humanistas defendidos pela universidade. Destacou ainda a necessidade de transformar o espaço acadêmico em um canal de reparação e inclusão, comprometendo-se a apurar os fatos com rigor.

Ambas as faculdades, em conjunto com os centros acadêmicos XI de Agosto (USP) e 22 de Agosto (PUC-SP), reforçaram a importância de transformar o episódio em um marco para fortalecer uma cultura de respeito, equidade e inclusão. A nota também defendeu que jogos universitários devem ser momentos de integração, e não de violência ou intolerância.

A reitoria da PUC-SP repudiou o caso, classificando-o como “intolerável” e reafirmou seu compromisso com uma postura antirracista ativa. A universidade destacou ações já implementadas, como programas de bolsas para inclusão social e racial, políticas públicas como o Prouni e o Fies, além de iniciativas recentes, como letramento racial na formação docente e contratação afirmativa de professores negros.

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