Uma força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) investiga ao menos 13 policiais de São Paulo suspeitos de envolvimento na execução de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro. Entre os investigados estão oito policiais militares, que faziam a escolta do empresário, e cinco policiais civis que ele havia denunciado por corrupção. Parte desses agentes foi afastado, mas o número total de envolvidos ainda não foi revelado.
Vinicius, que havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público em abril, denunciou membros do PCC por lavagem de dinheiro e policiais por extorsão. Ele foi executado a tiros por dois homens encapuzados e armados com fuzis, enquanto um motorista de aplicativo também foi morto e outras três pessoas ficaram feridas.
Além dos policiais, são investigados outros suspeitos, como um agente penitenciário e membros da facção que ele delatou. A investigação apura homicídio, lesão corporal e a localização de objetos. Em sua delação, Vinicius revelou que um advogado ligado ao PCC teria oferecido R$ 3 milhões a um policial civil para matar o empresário, além de denunciar uma extorsão de R$ 40 milhões por parte de agentes para cessarem investigações contra ele.