O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, defendeu nesta quinta-feira (14) a necessidade urgente de uma regulamentação das redes sociais no Brasil. A declaração foi feita um dia após o atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13), quando um homem detonou explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
De acordo com Rodrigues, episódios como o da última quarta-feira (13) demonstram a crescente “radicalização” de grupos extremistas, que encontram nas redes sociais um espaço propício para disseminar discursos de ódio e incitar ações violentas. O diretor-geral da PF destacou que, no caso do atentado, é possível observar uma conexão entre a atuação desses grupos no ambiente digital e a realização do ataque físico, reforçando a necessidade de medidas que limitem o uso dessas plataformas para incitação ao crime.
Mais cedo, durante uma coletiva de imprensa para atualizar as investigações, Andrei Rodrigues também forneceu detalhes sobre o andamento da apuração. O diretor informou que as bombas encontradas no carro do suspeito foram acionadas remotamente e que, dentro do veículo, estavam fogos de artifício, que aparentemente foram usados para complementar a explosão.
As equipes da Polícia Federal, Polícia Militar e Polícia Civil estão trabalhando em conjunto na investigação. Até o momento, foram apreendidos um celular e um veículo nas proximidades da Praça dos Três Poderes. Além disso, uma residência na Ceilândia, alugada pelo autor do ataque, foi alvo de buscas. A Polícia Federal continua a análise do material apreendido para obter mais informações sobre a motivação e possíveis envolvidos no atentado.
As autoridades seguem empenhadas em esclarecer os detalhes do ataque, que, segundo especialistas, pode estar relacionado a movimentos extremistas em ascensão no país. A investigação continua em andamento, e mais informações devem ser divulgadas nos próximos dias.