Um dia depois de um homem detonar explosivos em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, concedeu uma entrevista coletiva para atualizar sobre a investigação.
Os detalhes do caso estão sob sigilo.
Segundo Andrei Rodrigues, o atentado seguido pelo suicídio do autor é tratado pela Polícia Federal como um ato terrorista.
“Determinei a instauração do inquérito policial, que foi inicialmente feito aqui na Superintendência da Policia Federal, e o encaminhamento à Suprema Corte, em razão das hipóteses criminais de atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito, e atos terroristas. Estamos tratando com essas duas vertentes, e por isso nossa unidade antiterrorismo está atuando no caso”, disse.
Polícia Federal, Polícia Militar e Civil estão na Praça dos Três Poderes trabalhando na investigação. As equipes apreenderam um celular e um veículo nas proximidades. Uma casa na Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, alugada pelo autor do ataque também foi alvo de buscas.
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“Nossas equipes estão no local, trabalhamos desde o momento um com análises periciais, isolamento de área, especialmente em relação ao corpo, em relação ao veículo, um trailer que estava estacionado num local próximo. Também uma residência na Ceilândia, e, por fim, nossa equipe está agora trabalhando com uma caixa achada nas proximidades, estamos fazendo análises e identificando se pertence a esse episódio”.
“As bombas do carro foram acionadas de maneira remota, aparentemente de maneira remota, e no carro eram fogos de artifício. No trailer e na residência haviam bombas caseiras que ele, em tese produziu. A investigação apurando, faremos exames e laudos periciais para chegar à conclusão sobre o momento que esse material foi produzido”, completou.
Questionado se o autor do ataque agiu sozinho, Andrei Rodrigues afirma que nenhuma hipótese, por ora, está descartada.
“Não descartamos hipóteses. Tenho ressalvas com essa expressão do lobo solitário. A ação é individual, mas por trás dela nunca há uma só pessoa. A ação foi individual mas a investigação dirá se há outras conexões, outras redes, o que impulsionou essa ação. Esse é o nosso esforço. Equipes estão em campo não só aqui, também em Santa Catarina. O inquérito está em curso. De antemão, sempre digo, por princípio, de que essas ações não são isoladas, são sempre permeadas por outras iniciativas.”