Um relatório da Controladoria Geral da União confirmou irregularidades em parte do chamado “orçamento secreto do Congresso”. A CGU avaliou uma amostra do que foi gasto entre 2020 e 2023. Nas 20 cidades que mais receberam emendas, quase 40% das obras financiadas ainda nem começaram, e entre as dez ONGs com os maiores contratos, metade não têm estrutura para o que ela se destinava a fazer no projeto, segundo o relatório.
A maioria dessas ONGs nem passou por chamamento público, concurso de projetos, ou seja, descumpriram o que está previsto em lei, e só essas dez ficaram com cerca de 30 milhões dos quase 100 milhões de reais empenhados no orçamento secreto. Essas conclusões agora vão ser base de investigações. O ministro do STF, Flávio Dino, manteve a suspensão dos repasses até que o Congresso se pronuncie. O projeto que cria regras mais transparentes para as emendas aguarda votação no Senado.