Atletas russos e bielorrussos participarão dos Jogos Olímpicos de Paris como Atletas Individuais Independentes (AIN), e não terão acesso às bandeiras e hinos nacionais. Rússia e Belarus também não estarão no quadro de medalhas. Os dois países estão proibidos de enviar equipes para Paris após a invasão da Ucrânia pela Rússia, apoiada por Belarus.
Os competidores foram convidados diretamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), e devem cumprir critérios rigorosos. Entre eles, não demonstrar apoio direto à guerra no leste da Europa, nem ter vínculo algum com o Exército.
Os atletas vão competir com uma bandeira azul esverdeada e com a sigla “AIN”, que significa “Atletas Individuais Independentes”. Um hino sem letra feito para ocasião será tocado em caso de premiação para “competidores neutros”, como vão ser chamados durante os jogos. O Comitê considera os competidores como indivíduos, mas não como uma equipe oficial. Membros e funcionários governamentais da Rússia e Belarus não foram convidados.
O COI convidou 36 atletas russos e 24 bielorrussos para os Jogos Olímpicos. 15 russos e 17 bielorrussos aceitaram os convites. No entanto, todos estão excluídos da cerimônia de abertura da Olímpiada.
Em resposta, Moscou acusou o Comitê Olímpico Internacional de “racismo” e “neonazismo”, alegando uma quebra da “ideia do Espirito Olímpico”.
Escândalos anteriores
Esta será a quarta Olímpiada seguida que atletas russos competem sob a sigla da Atletas Individuais Neutros. A última disputa com hino, uniformes e bandeira nacional, aconteceu nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
A Rússia esteve banida recentemente por escândalos de doping apoiados pelo Estado. A suspensão determinou que atletas russos disputassem os Jogos de Tóquio de 2021, e os jogos de Inverno da China em 2022 sob circunstâncias similares a Olímpiada de Paris.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Beatriz Ferrete)