A morte de Sinwar nos jornais desta sexta-feira no Oriente Médio.
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A morte de Sinwar nos jornais internacionais.
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Os segredos finais dos Presleys.
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O choque de duas américas.
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O herdeiro de Sinwar pode ser o irmão Sinwar
O herdeiro de Sinwar mais cotado é “O Homem que Voltou dos Mortos”, também Sinwar, Mohammed Sinwar, 49, o irmão mais novo de Yahya. Os outros possíveis herdeiros não vivem em Gaza: Khaled Mashal está em Doha, no Catar; Khalil al-Hayya estava em Damasco; Mussa Abu Marzouk, estaria em Beirute.
“O Homem que Voltou dos Mortos”, ressuscitado quando se pensava que tivesse morrido em uma das tentativas de assassinato de Israel, teria substituído Muhammad Deif, o planejador militar do Hamas, depois que ele foi soterrado por bombas disparadas por um caça israelense, ao sair de um túnel para um encontro.
O Sinwar vivo foi quem libertou o irmão, com o sequestro de um soldado de Israel, trocado por mil prisioneiros. Ele segurou a negociação por anos até chegar a um câmbio satisfatório. Os dois são parecidos em brutalidade nos interrogatórios. Tão temido que, quando passa, as pessoas baixam a cabeça. Mohammed também cumpriu de nove meses em presídio israelense e foi prisioneiro da Autoridade Palestina por três anis até fugir em 2000.
Os dois irmãos tinham o mesmo apelido, Abu Ibrahim, ou Pai Ibrahim, uma homenagem a seus primeiros filhos e ao pai, que chamava Ibrahim. Só Yahya, ultimamente, sabia onde estava Mohammed. Até 2022, quando ele deu uma entrevista de 30 segundos à rede Al Jazeera, não se sabia se estava vivo. Daí nasceu “O Homem que Voltou dos Mortos”. Ele só apareceu de perfil, a foto que ilustra este texto.
Uma fonte em Gaza contou ao jornal Yedioth Aharonoth: “Mohammed é temido como um homem capaz de matar sem hesitação. Toda a família Yahya é conhecida por seu temperamento quente, e ele, em particular, é uma figura assustadora”. E acrescentou: “Quando ele repreende alguém, a pessoa fica paralisada de medo. Ninguém em Gaza se atreve a contestá-lo.”
A recompensa para quem desse informações sobre seu paradeiro chegou a 300 mil dólares, cem mil a menos do que a oferecida pelo irmão Sinwar. O prêmio para o chefe militar do Hamas, Mohammad Deif, era de 100 mil dólares, e para o comandante da brigada Khan Yunis, 200 mil dólares — ambos assassinados por Israel.
Embora cotado como sucessor de Sinwar, Israel considera o seu status “incerto”, o que não impediu ao ministro da Defesa Yoav Gallant de prometer que o eliminará. Falando de outros eliminados, ele acrescentou: “Eles pensaram que eram invencíveis, e não estão mais conosco. Eles cometeram o erro deles, e ele também cometerá o dele. Vamos completar a nossa missão.”
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Só faltou um detalhe ao otimismo demonstrado pelo presidente Biden e o governo israelense em relação à libertação dos 101 reféns: combinar com o Hamas.
Um líder sênior do Hamas, Kahlil al-Hayya, declarou nesta sexta-feira que os reféns não serão libertados até que “a agressão” seja interrompida e as forças israelenses saíam de Gaza. Ele também prometeu que a morte de Sinwar vai fortalecer o Hamas e que “os ocupantes logo se arrependerão de tê-lo matado”.
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Israel suspeita que Yahya Sinwar tenha sido surpreendido por uma patrulha israelense quando tentava chegar à Área Humanitária Al-Mawasi, no sudeste da Faixa de Gaza, ao lado do Mediterrâneo.
Sinwar estaria fugindo. Primeiro de Khan Yunis para Rafah, quando percebeu que as forças israelenses estavam se aproximando. Os seis reféns executados pouco antes de serem encontrados pertenciam a seu escudo protetor. Agora, a suspeita é a de que ele próprio os tenha matado.
A hipótese de fuga foi reforçada pela descoberta de cerca de dez mil dólares em sua roupa.
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Dois terroristas palestinos, vestidos com o uniforme do exército israelense, penetraram em Israel, vindos da Jordânia. Um soldado que os viu tentando cortar uma cerca em Neot HaKikar, deu o alarme: “Parashat Turki” — código que significa “infiltração”.
Logo chegou uma patrulha. Os soldados saíram do jipe a cem metros dos invasores. Houve tiroteio. Um soldado foi ferido na perna, um outro nas nádegas. Um terrorista morreu numa trincheira improvisada, o outro no capo do jipe para onde correu. Haveria um terceiro? Helicópteros e patrulhas iniciaram buscas na região do Mar Morto, e as encerrarão à tarde, dando por certo que só os dois mortos se infiltraram.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV*