Moises Rabinovici: os êxodos estrangeiros no Líbano

Fonte: BandNews TV

 

 

 

 

Jornais do Oriente Médio (os de Israel não circularam, feriado de ano novo 5785), O ano que estilhaçou  o Oriente Médio.

___________________________________________________________________________

O êxodo dos estrangeiros no Líbano

Não só os brasileiros do Líbano estão fugindo da guerra. A Espanha retirou nesta quinta-feira 380 de seus cidadãos, mandando a Beirute um Airbus A330 fretado. A Alemanha tirou na quarta-feira 130 “particularmente vulneráveis”, num voo que deixou um carregamento de ajuda humanitária para os libaneses. O Canadá reservou mil assentos em voos comerciais para seus nacionais. Só 200 foram ocupados.

“Se você é cidadão canadense, deve sair agora”, pediu a ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly. “Se lhe oferecerem um lugar, pegue-o agora”.

Itália e Holanda avisaram que estão prontos a oferecer assistência aos seus cidadãos. A Austrália levará para Chipre, ao lado do Líbano, os primeiros 500 de seus 1.700 residentes e familiares, no sábado. A Rússia já levou 60 de seus cidadãos. No Líbano, há 177 mil trabalhadores estrangeiros, muitos da Ásia e da África, segundo a ONU.

___________________________________________________________________________

Batalhas corpo a corpo no sul do Líbano

O Hezbollah disparou 200 mísseis contra o norte de Israel nesta quinta-feira, mesmo perseguido pela aviação em Beirute e por soldados israelenses no sul do Líbano, depois de ter sua liderança decapitada. Prova de que é uma força forte, respeitável, Israel convocou uma quinta divisão para enfrentá-la. No primeiro dia de combates, na terça-feira, oito soldados israelenses foram mortos e 47 feridos.
“Isso não é um passeio no parque”, comentou à imprensa um coronel aposentado das IDF (Forças de Defesa de Israel), Miri Eisin.
O Hezbollah, o Partido de Deus, é a milícia mais poderosa do Oriente Médio, criada, armada e financiada pelo Irã, e treinada em combate na guerra civil da Síria, defendendo o ditador Bashar al-Assad.
A guerra no sul do Líbano é corpo a corpo. Quando os soldados israelenses encontram alguma dificuldade, ou ficam em perigo, chamam a aviação, que os socorre. O objetivo é afastar o Hezbollah para além do rio Litani, que corre de quatro a 24 quilômetros paralelo à fronteira. Se cumprida a missão, os 60 mil israelenses deslocados há um ano para o sul poderão voltar para suas casas. Em 1978, a OLP foi afastada dali, e no lugar ficou o Major Haddad, um maronita que comandava uma pequena força libanesa, armada e financiada por Israel.
Os soldados do exército libanês estão próximos do tiroteio entre Hezbollah e israelenses. E dois deles jforam mortos por engano. O governo do Líbano poderá ter a oportunidade de restaurar sua soberania nacional ao ocupar o vácuo destinado aos soldados da ONU, uma força conhecida como Unifil. Ela existe há muito tempo, mas não conseguiu impedir que o Hezbollah chegasse à fronteira para disparar contra Israel.
O chefe do Estado Maior das IDF, general Herzi Halevi, inspecionou a fronteira, nesta quinta-feira, e disse que não vai permitir que o Hezbollah se restabeleça no sul do Líbano outra vez. “Estamos muito determinados a destruir as infraestruturas (que ele criou) e a matar quem quer que esteja lá”. Um porta-voz militar informou que o miliciano responsável pelo míssil que matou doze crianças drusas nas Colinas do Golã, Haidar Al-Shahabiya, foi assassinado durante um ataque aéreo.

 

 

PATROCINADO