Os líderes do Hamas e o governo de Israel entraram em um acordo pela troca de reféns e o cessar-fogo na Faixa de Gaza. As informações são da Reuters.
O acordo, que pode por fim a um conflito que já dura 15 meses e tem abalado o Oriente médio, foi firmado após negociações intermediadas por mediadores do Egito e do Catar, com apoio do governo dos Estados Unidos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 46 mil palestinos morreram desde outubro de 2023. Nas contas de Israel, 1.200 soldados e civis morreram, e 250 reféns estrangeiros e israelenses foram sequestrados.
Em uma entrevista coletiva concedida nesta tarde, o premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, confirmou o acordo, e garantiu que o cessar-fogo passa a valer a partir do próximo domingo. A implementação do cessar-fogo será feita em três fases — os reféns, palestinos e israelenses, devem ser libertados na primeira.
“Nunca vamos desistir da população de Gaza”, disse.
“Asas da Liberdade”
Enquanto o presidente de Israel se reunia com a Cruz Vermelha, as forças de segurança de Israel fizeram a primeira manifestação oficial do lado israelense sobre o acordo.
Pelo X, o Exército de Israel afirmou que a operação de liberação dos reféns do hamas foi batizada de “Asas da Liberdade”.
Trump se manifesta
O presidente eleito dos Estados Unidos se manifestou antes da oficialização do acordo. Na Truth Social, sua rede social, ele reivindicou para si os créditos pelo acordo.
“Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve. Obrigado”.
Na entrevista, Abdulrahman al-Thani disse que o acordo foi fechado por uma “oportunidade”. “Vimos uma colaboração das duas administrações. É uma demonstração clara do comprometimento dos dois, e quero agradecê-los [Biden e Trump]”.
Pronunciamento Biden
Em pronunciamento, o democrata afirmou que trabalhou em conjunto com o governo Trump para garantir a manutenção do acordo. Biden destacou que as negociações aprovadas incluem uma proposta apresentada por ele em maio de 2024, a qual recebeu o aval do Conselho de Segurança da ONU.
“Depois de 400 dias, esse dia de sucesso chegou”, celebrou Biden.
O presidente também mencionou suas expectativas para o futuro:
“É um novo tempo. Nossos amigos estão fortes, nossos inimigos estão enfraquecidos. Esta é uma oportunidade genuína para construir um novo futuro.”