O julgamento da tragédia em Mariana, que está tramitando em Londres, será retomado nesta segunda-feira. A ação, movida por mais de 600 mil atingidos, analisa a responsabilidade da mineradora BHP no rompimento da barragem de Fundão, que aconteceu em novembro de 2015.
As sessões começaram no dia 21 de outubro de 2024 mas foram suspensas em 20 de dezembro, por causa do recesso de fim de ano da Justiça britânica. Nos dois primeiros meses do julgamento, foram analisados documentos e ouvidos os depoimentos de diversas testemunhas.
Agora, a expectativa é que entre os dias 13 e 29 de janeiro, sejam ouvidos especialistas em direito ambiental brasileiro e especialistas em geotecnia. Em fevereiro, as partes envolvidas prepararão as alegações finais, que serão apresentadas entre 5 e 13 de março.
Caso a Justiça britânica considere que a BHP é responsável pelo desastre, um novo julgamento definirá os valores de indenização. No Brasil, um acordo de reparação no valor de 170 bilhões de reais foi acertado entre as empresas Samarco, Vale e BHP e as vítimas do rompimento, e homologado em novembro pelo Supremo Tribunal Federal.