Termina nesta segunda-feira (30) o prazo dado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo para a Prefeitura da capital paulista justificar o aumento da tarifa dos ônibus, que passará de R$ 4,40 para R$ 5 no dia 6 de janeiro de 2025. O período para uma resposta foi estabelecido no sábado (29) pelo juiz Bruno Luiz Cassiolato.
O reajuste, anunciado na última quinta-feira (26), representa uma alta de 13%. A tarifa estava congelada desde 2020.
A ação contestando o aumento foi movida por representantes do PSOL: a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi.
Os parlamentares também solicitaram a suspensão do aumento, alegando que a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), na qual o reajuste foi debatido, ocorreu “sem prévia convocação e sem a devida participação popular”.
Apesar do pedido, o Tribunal de Justiça não suspendeu o reajuste e determinou que houvesse uma explicação técnica do aumento.
O prefeito Ricardo Nunes justificou o acréscimo na tarifa apontando fatores como o aumento no preço do diesel, o dissídio dos funcionários, a inflação projetada e, sobretudo, a alta do dólar. Durante a campanha nas eleições de 2024, Nunes não havia confirmado nem descartado o reajuste.
Neste ano de 2024, o sistema de transporte custou R$ 11,4 bilhões, sendo que mais da metade desse valor — R$ 6,7 bilhões — foi coberta por subsídios municipais.
A SPTrans, empresa responsável pela gestão da rede de transporte público da cidade de São Paulo, informou que a receita do setor cresce R$ 106 milhões por ano a cada aumento de R$ 0,10 na tarifa.