Mesmo após alta histórica, Haddad crê na acomodação do dólar em 2025

Em entrevista, o ministro da Fazenda, destaca a previsão para o câmbio são melhores do que os cenários apontados pelos especuladores
Reprodução: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, durante entrevista na portaria do Ministério da Fazenda, que o dólar, que recentemente apresentou volatilidade, deve se estabilizar. Ele destacou que continuará monitorando o mercado.

“Mas eu acredito que ele [dólar] vai se acomodar. Tenho conversado muito com as instituições financeiras. A previsão de inflação para o ano que vem e a previsão de câmbio também para o próximo ano, nas conversas com as grandes instituições, são melhores do que os cenários apontados pelos especuladores. Mas, enfim, o câmbio futuro tem contado com a intervenção do Banco Central. O Tesouro também passou a atuar na recompra de títulos. E ambas as instituições continuarão acompanhando até que a situação se estabilize”, concluiu o ministro.

Haddad está viajando para Roraima, onde almoçará com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir as medidas do pacote fiscal e os prazos para votação. Ainda nesta quarta-feira (18), devem ser votadas outras duas medidas, incluindo a PEC. Segundo Haddad, o objetivo é aprovar todas as propostas até sexta-feira (20), para que o orçamento de 2025 seja fechado dentro do calendário previsto.

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O ministro ressaltou que o governo está cumprindo sua parte e que a colaboração dos relatores tem sido positiva. Sobre a desoneração da folha de pagamentos, tema atualmente analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele destacou a necessidade de encontrar uma solução devido à sua relevância para o equilíbrio fiscal.

“Eu nunca disse que o processo de cortes de gastos é algo que se encerra. Não se encerra. Vamos acompanhá-lo continuamente. Faremos uma avaliação do que foi aprovado e, além disso, temos a questão da desoneração da folha, que ainda depende de um desfecho no Supremo, mas que será resolvida”, afirmou Haddad.

Quanto à reforma tributária, o ministro agradeceu aos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, pelo empenho na aprovação da proposta. Ele elogiou o trabalho do secretário Bernard Appy, responsável pela nova secretaria do Ministério da Fazenda dedicada à implementação da reforma, e destacou que a aprovação da reforma aumenta as expectativas para o futuro.

Haddad demonstrou otimismo em relação ao impacto das medidas do pacote fiscal em votação no Congresso. “Precisamos garantir receitas e controlar despesas para atingir as metas necessárias”, afirmou. Ele reforçou a confiança do governo na manutenção da essência das medidas: “A escala de contenção de gastos será mantida próxima ao desejado pelo Executivo, para evitar desidratação das propostas”.

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