O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, enfrenta hoje um voto de confiança no parlamento. A decisão foi anunciada depois que a coalizão que sustentava o governo entrou em colapso, deixando Scholz sem maioria parlamentar.
Antes de Scholz, os chanceleres alemães só realizaram um voto de confiança cinco vezes na história, o que significa que o processo é bem raro no país. Por enquanto, os social-democratas continuam à frente do governo, mas apenas com o apoio do Partido Verde.
Caso o chanceler perca a votação, o que deve acontecer, ele pedirá ao presidente alemão a dissolução do parlamento, chamado Bundestag, e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 23 de fevereiro. O objetivo de Scholz é perder para ganhar. Isso é, ser derrotado na moção de confiança para possibilitar uma nova eleição. Depois, vencer o pleito e poder, assim, formar um novo governo mais estável.
A crise começou com a demissão do ministro das Finanças, que era líder de um dos partidos da base governista. A demissão foi motivada por desentendimentos sobre os rumos da política econômica em uma época em que a Alemanha atravessa um período de economia estagnada.
Em caso de eleições antecipadas, pesquisas mostram que o União Democrata-Cristã, partido da ex-chanceler Angela Merkel, de centro-direita, lidera com 30% as intenções de votos, e pode voltar a governar a Alemanha.