O Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu, nesta quinta-feira (21), um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu por crimes de guerra. A decisão também envolve o ex-ministro da defesa israelense, Yoav gallant, e para outros três líderes do grupo extremista Hamas.
A decisão foi tomada um dia após o premiê visitar a Faixa de Gaza. Netanyahu ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões para a liberação de cada refém detido pelo Hamas durante o ataque de outubro de 2023.
Decisão do TPI
O TPI afirma ter evidências de que todos os condenados atacaram civis de forma deliberada. O governo de Israel é acusado de usar a fome como uma arma de guerra contra a população de Gaza. Já o Hamas é acusado de “exterminação de povo”.
Em maio deste ano, o promotor chefe do TPI, Karim Hahn, emitiu um mandado de prisão para Netanyahu. Após o pedido passar por análise, a Corte de Haia determinou, em comum acordo, que o premiê deve ser preso.
Emissão do mandado
Os mandatos foram emitidos para todos os 124 países que seguem a jurisdição do Tribunal Penal Internacional. Incluindo o Brasil. Desta forma, Benjamin Netanyahu não pode ser preso imediatamente, uma vez que o premiê só pode ser detido em um território internacional que siga as determinações do TPI.
Após a decisão, o governo de Israel criticou a decisão tomada pelo tribunal. Já o premiê diz ser inocente das acusações e alega que a guerra é travada contra o Hamas, e não contra a população civil de Gaza. O grupo extremista também criticou a emissão do mandado.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Beatriz Ferrete)