A Polícia Federal deve apresentar o relatório sobre os atos de 8 de janeiro até o fim desta semana. As mais de 800 páginas serão entregues ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
A PF deve indicar quem deve ou não ser indiciado pelo ataque à Brasília, e caberá ao STF a decisão de indiciar ou não. A Procuradoria-Geral da República também tem que se manifestar.
O inquérito apura se Jair Bolsonaro e seus ministros cometeram crimes de tentativa de Golpe de Estado e Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito.
PT pede arquivamento do PL da Anistia
O PT apresentou nesta quarta-feira (20) um pedido à Câmara dos Deputados para que o requerimento do PL 2.858, que prevê anistia aos condenados pelos ataques aos prédios públicos em Brasília em 8 de janeiro de 2022.
O pedido acontece dias após Brasília novamente se tornar um alvo, desta vez com bombas e fogos de artifícios, na Praça dos Três Poderes, no último dia 13.
Plano contra Lula, Moraes e Alckmin
A operação deflagrada ontem pela PF, que investiga um plano para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, pode impactar no relatório.
Segundo a Polícia Federal, os materiais recuperados do celular dos quatro militares e o policial federal revelam que o plano chegou a ser posto em prática. Os acusados chamavam o plano de “Punhal Verde Amarelo”.
Mário Fernandes, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Wladimir Matos Soares monitoraram Moraes desde novembro de 2022. Em uma ocasião, chegaram a estar perto de abordá-lo, mas um deles ordenou que a missão fosse “abortada”.
Delação de Mauro Cid
Ontem (19), a Polícia Federal enviou um relatório para o Supremo informando que os depoimentos do ex-ajudante de Ordens de Jair Bolsonaro estavam incompletos e/ou confusos. Desta forma, é possível que o acordo de delação seja desfeito.
A decisão final será do ministro Alexandre de Moraes. Cid pode até mesmo voltar para a prisão caso o acordo não seja mantido. Atualmente, ele está em liberdade cautelar.
À BandNewsTV, a defesa de Cid afirmou que não vê elementos para que a delação não seja validada.