Putin-nuclear é só ameaça. Trump vem aí
A ameaça nuclear de Vladimir Putin, em resposta aos mísseis dos EUA disparados pela Ucrânia, é a manchete da imprensa internacional desta quarta-feira. Mas tudo indica que não passe de um blefe, parte de uma estratégia psicológica para intimidar o Ocidente.
Não foi a primeira vez que Putin dispara uma ameaça nuclear. Em 29 de fevereiro, ele prometeu “destruir a civilização” se a OTAN enviasse tropas para a Ucrânia — ele que foi buscar 10 mil soldados na Coreia do Norte. Alguns dias antes, 25/2, ele disse que alteraria sua doutrina nuclear se atacado com armas convencionais por algum país apoiado por uma potência atômica — o que agora ele o fez, por decreto assinado.
A própria Rússia seria vítima de uma explosão nuclear na sua vizinha Ucrânia. O presidente Putin sabe dos riscos a que exporia sua própria população. Nenhum dos satélites espiões dos EUA e da Europa observou qualquer mudança nos arsenais atômicos russos. A preparação do ataque de mísseis balísticos do
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Adeus, Rafa
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Líbano:cessar-fogo “ao alcance das mãos”
O negociador americano do cessar-fogo no Líbano, Amos Hochstein, está saindo otimista de Beirute para Jerusalem, nesta quinta-feira. Ele seria portador de concessões do Hezbollah, do Irã e do governo libanês que tornam um acordo “ao alcance das mãos”, como ele disse. Agora, depende de Israel.
O governo israelense não alterou sua posição: quer o direito de atacar preventivamente a ameaça que detectar em território libanês, violando a sua soberania. O líder do grupo Amal, Nabih Berri, que representa o Hezbollah nas negociações com Hochstein, considera inaceitável a postura de Israel. Por isso, ele declarou que “quase 80% de um acordo de cessar-fogo foi finalizado”.
Os 20% são atribuídos a Israel. Talvez Hochstein possa driblar o obstáculo com a proposta de um período experimental de cessar-fogo de 60 dias, durante os quais o Hezbollah se retiraria para o norte do rio Litani, o exército do Líbano restauraria a soberania nacional perto da fronteira israelense, e as forças de Israel e da UNIFIL, da ONU, manteriam suas posições. Consolidado o cessar-fogo, Israel deixa o sul libanês.
Uma cláusula aprovada pelos negociadores no Líbano responde à liberdade de ação exigida pelo governo israelense: “cada lado tem o direito à autodefesa se for atacado, desde que os EUA garantam que Israel não conduza ataques preventivos”.
O maior obstáculo que travava as negociações era a dependência do cessar-fogo no Líbano ao cessar-fogo em Gaza. Mas, agora, o grupo israelense que luta pela libertação dos reféns do Hamas, em Gaza, quer de volta os dois cessar-fogo simultâneos, exercendo pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que na terça-feira tomou outro caminho: ofereceu 5 milhões para cada um dos cerca de 100 reféns que for libertado, mais um salvo-conduto para quem o libertar sair de Gaza e de Israel.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV*