Um dos presos na operação que investiga um suposto plano para matar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chefiou uma pasta ligada à presidência em 2022.
O general da reserva Mário Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência durante a gestão de Jair Bolsonaro.
No documento onde detalha a operação, a PF aponta que Fernandes imprimiu o plano, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, em um computador do Palácio do Planalto.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A operação da PF também tem base em dados recuperados de aparelhos eletrônicos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que está prestando novo depoimento nesta terça-feira.
A apuração da PF continua, e as investigações buscam esclarecer os detalhes do plano de golpe, bem como identificar todos os envolvidos.
Além de Mario Fernandes, foram presos o tenente-coronel do Exército Brasileiro, Hélio Ferreira de Lima, os majores do Exército Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra e Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Os militares integravam o grupo chamado “kids pretos”, nome dado aos oficiais formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro.