O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se pronunciou nesta terça-feira (19) sobre as revelações feitas pela Operação Contragolpe, da Polícia Federal. A investigação desarticulou um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Lewandowski destacou a gravidade dos crimes investigados, que ele descreveu como de “grau de perigo altíssimo” e “absolutamente intoleráveis”, especialmente por terem origem dentro das próprias instituições. “Esses crimes são gravíssimos e possuem penas altíssimas”, afirmou. “Os fatos são gravíssimos, absolutamente inaceitáveis e colocam em risco, não apenas instituições republicanas, mas a vida dos brasileiros. Merecem o mais profundo repúdio”, disse Lewandowski.
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O ministro também destacou que os acusados estiveram muito próximos de executar o plano. “Eles realmente chegaram muito perto. Rondaram o apartamento funcional do ministro Alexandre de Moraes e, por alguma razão, não tiveram a oportunidade de concretizar esse ato pavoroso e criminoso que planejavam. Mas, com base no inquérito, posso afirmar que os suspeitos estiveram bem próximos de materializar seus intentos criminosos”, concluiu.
Detalhes da investigação
A operação revelou que Moraes vinha sendo monitorado desde 12 de novembro de 2022, após uma reunião na casa do general da reserva Walter Braga Netto. O plano incluía ações como sequestros, assassinatos e outras ações violentas para impedir a posse do governo eleito.
Os envolvidos, entre eles quatro militares do Exército ligados às Forças Especiais e um policial federal, foram presos preventivamente em uma ação que também cumpriu mandados de busca e apreensão e estabeleceu 15 medidas cautelares.