Começa hoje (18) a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. O evento reúne os chefes de Estado e de Governo das 19 maiores economias do planeta. Os líderes mundiais começam chegar para a 1ª sessão da reunião. Essa é a primeira vez que o Brasil é sede da cúpula.
Ao longo da reunião, 19 líderes estarão na cidade para debater e buscar um consenso em torno de um documento que reflita os três principais eixos da presidência brasileira no G20 durante este ano. A única ausência será a do presidente russo, Vladimir Putin, que será representado pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os três principais eixos da presidência brasileira no G20 são: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento das mudanças climáticas e a transição energética; e a reforma da governança global para resolver conflitos.
Na área econômica, a principal proposta do Brasil é a criação de uma taxação global sobre os super-ricos, com o objetivo de financiar o combate à desigualdade e as ações de enfrentamento das mudanças climáticas. A ideia, inspirada no trabalho do economista francês Gabriel Zucman, propõe um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários do mundo, o que poderia gerar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente.
Detalhes sobre a Cúpula do G20
O G20 é a abreviação para Grupo dos Vinte. Ele integra 19 países além da União Africana e União Europeia. É, na prática, um clube de cooperação internacional, que discute iniciativas para promover melhorias políticas, econômicas e sociais. O grupo negocia acordos ao longo do ano e assina justamente no último dia da reunião de cúpula anual. A primeira foi realizada em 2008, na capital americana.
A presidência é rotativa. As últimas seis cúpulas foram promovidas em 2018, na Argentina, em 2019, no Japão, em 2020, na Arábia Saudita, em 2021, na Itália, em 2022, na Indonésia, e em 2023, na Índia. Cerca de 55 delegações de 40 países e de 15 organismos internacionais vêm ao Rio para o evento. Destaque para os presidentes das duas maiores economias do mundo, Joe Biden e Xi Jinping.