O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25) os dados do Censo 2022, trazendo um novo panorama sobre as mudanças nos lares brasileiros. O número de residências no país aumentou significativamente, passando de 57 milhões em 2010 para 72 milhões em 2022, o que representa um acréscimo de 15 milhões de novas unidades.
No entanto, a expansão vem acompanhada de uma transformação no formato das famílias. O número médio de moradores por domicílio tem diminuído ao longo dos anos. Enquanto em 2000 a média era de 3,7 pessoas por lar, em 2010 o número caiu para 3,3, e em 2022 chegou a apenas 2,8.
Outro dado marcante é o crescimento da proporção de pessoas que vivem sozinhas. Em 2010, 12% dos lares eram compostos por um único indivíduo, cifra que subiu para 19% em 2022. A maior parte do aumento ocorreu entre jovens de 25 a 39 anos, visto que a taxa de pessoas morando sozinhas saltou de 8,3% em 2010 para 13,4% em 2022.
As novas configurações familiares também foram destacadas na pesquisa. Em 2010, 65,3% das famílias eram formadas por casais de gêneros diferentes. O percentual diminuiu, com 57,5% dos lares em 2022 apresentando essa composição.
A pesquisa também mostrou um crescimento no número de mulheres à frente das famílias. Em 2010, 38,7% dos lares eram chefiados por mulheres, enquanto em 2022 o número alcançou 49,1%, demonstrando um avanço significativo na representação feminina em papéis de liderança familiar.