O Ministério Público do Chile confirmou que recebeu uma segunda denúncia de agressão sexual envolvendo Jorge Valdivia. A identidade dessa nova vítima não foi revelada por questões de proteção. Isso acontece apenas um dia depois da notícia da prisão do ex-jogador que aconteceu na madrugada de ontem por um primeiro caso de abuso sexual envolvendo uma tatuadora que também não teve a identidade revelada.
Após o surgimento da segunda denúncia, a advogada que representava Valdivia decidiu deixar o caso. O ex-jogador já tem uma nova defensora. Paula Vial é conhecida no país por ter atuado no caso do cineasta chileno Nicolás López, acusado e condenado por abusos sexuais. A advogada visitou Valdivia na prisão.
A chegada dela ao local foi registrada pelo Canal 13, emissora do Chile parceira da BandNews TV. Paula não quis falar com a imprensa. O irmão do ex-atleta também esteve na penitenciária.
Relembre o caso
A BandNews TV obteve acesso ao depoimento da primeira mulher. Ela contou à polícia que conversou com Valdivia por telefone na manhã seguinte ao suposto crime, para tentar entender o que tinha acontecido, e disse que ele a questionou se ela realmente não lembrava de nada. A tatuadora disse que marcou o encontro com o ex-atleta no domingo à noite para discutir uma tatuagem que ele queria fazer no braço, e que começou a perder a consciência depois de ter tomado duas bebidas alcoólicas num restaurante em Santiago. Ela sofreu um apagão e acordou na segunda-feira de manhã em casa, confusa, sem roupa e com dores na vagina.
O ex-atleta disse para a mulher no telefonema que os dois chegaram juntos ao apartamento e que ela foi tomar banho. Depois, começaram a se beijar no sofá e eles foram para a cama e tiveram relações sexuais. Valdivia ainda teria recomendado que ela tomasse pílula do dia seguinte, pois os dois não teriam usado preservativo. O ex-jogador disse ainda que foi embora assim que ela dormiu.
A suposta vítima abriu a denúncia no mesmo dia, e Jorge Valdivia foi detido nessa terça-feira. A Justiça chilena decidiu manter a prisão após audiência. Ele foi levado ao Presídio de Rancagua, a 1 hora e meia de Santiago.
Na próxima terça-feira, haverá uma nova audiência para revisão das medidas cautelares. A defesa do ex-jogador do Palmeiras e da seleção chilena argumentou que teria sido um encontro sexual consensual entre adultos. Mas o tribunal determinou um período de investigação de 90 dias, no qual Valdivia deverá permanecer detido.