A cidade de São Paulo enfrenta um apagão que já dura quatro dias, deixando cerca de 250 mil clientes da Enel sem energia elétrica desde a forte tempestade que atingiu a capital na última sexta-feira. O impacto é significativo tanto para moradores quanto para setores econômicos, como o varejo e serviços, que já somam um prejuízo de R$ 1,65 bilhão. A maior metrópole do país continua com algumas regiões sem previsão de reestabelecimento da luz.
Entre os muitos paulistanos afetados está uma família em Santo Amaro, na zona sul, onde uma moradora cuida de sua mãe idosa e de uma irmã com necessidades especiais. A situação se agrava sem a energia, essencial para as necessidades diárias e cuidados médicos.
Diante da demora no restabelecimento do serviço, a Prefeitura de São Paulo acionou a Justiça. Em uma ação judicial protocolada na 2ª Vara de Fazenda Pública, a administração municipal exige que a Enel restabeleça imediatamente o fornecimento em diversas áreas da cidade, sob pena de multa diária de R$ 200 mil caso a determinação não seja cumprida.
O Procon também intensificou suas ações para proteger os consumidores impactados pela falta de luz, ampliando o atendimento presencial em diversos pontos da cidade, como a sede no bairro da Liberdade e em postos nas estações Tatuapé, Sacomã e Jabaquara. O atendimento ocorrerá entre 9h e 15h até sexta-feira, sem necessidade de agendamento.
Além de notificar a Enel, que tem até o fim desta terça-feira (15) para explicar a demora no restabelecimento, o Procon garantiu aos consumidores o direito ao abatimento proporcional na fatura de energia pelos dias sem serviço. Os clientes também poderão pedir ressarcimento por danos a equipamentos elétricos e perda de alimentos.
Ontem (14), o Procon convocou todas as concessionárias de energia que operam no estado para apresentarem seus planos de contingência diante de emergências climáticas. A situação, que afeta não só moradores mas também a economia da cidade, será tema de uma entrevista ao vivo com Cristiane Cortez, assessora da Fecomercio SP, que trará mais detalhes sobre o impacto econômico do apagão em São Paulo.