Um extrato do diário do dissidente e prisioneiro russo Alexei Navalny, morto aos 47 anos num presídio do Círculo Polar Ártico, em fevereiro deste ano, é a capa da revista New Yorker, feita pelo artista Owen Smith.
No trecho publicado do diário de Navalny, sobre os últimos dias de sua vida, o maior opositor de Putin, que sobreviveu a um envenenamento, implora aos russos: “Temos de fazer o que eles temem — dizer a verdade, espalhar a verdade. Esta é a arma mais poderosa”.
As ilustrações de Smith apareceram na Rolling Stone, Sports Illustrate, Time, Esquire, New York Times e 20 vezes na capa da New Yorker.
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Inédito: o foguete à casa torna
O propulsor da nave mais poderosa do mundo, a Starship, voltou em chamas à Terra e foi capturado pelos braços mecânicos gigantes da torre de lançamento de onde partiu no domingo, no Texas. O abraço inédito da Space X, do bilionário Elon Musk, deverá reduzir o custo das viagens espaciais, ao permitir a reutilização rápida do propulsor, que será usado para impulsionar a Starship em suas missões à Lua e Marte. Foi o quinto teste, o segundo completo, mas ainda sem tripulação.
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Drone na hora do jantar: quatro mortos
1. Um drone explodiu na hora do jantar da tropa em Binyamina, no norte de Israel, e matou quatro soldados e feriu 67. O drone sumiu do radar, depois de detectado, e reapareceu sobre a base militar. Entrou em Israel pelo mar, com um outro que foi abatido, e carregava 40 quilos de explosivos. Era do modelo Mirsad-1, iraniano, com alcance de 120 quilômetros.
2. A Itália protesta pela entrada forçada de tanques israelenses no quartel dos capacetes azuis da ONU no Sul do Líbano. O porta-voz militar israelense disse que os tanques foram buscar soldados feridos. Nenhum soldado da Unifil ficou ferido. Uma base militar do Hezbollah foi construída bem perto do QG da ONU, sem ser incomodada. O resultado imediato é que o jogo das seleções italiana e israelense, nesta segunda-feira, em Údine, na Itália, ganhou segurança reforçada.
3. A Espanha e a Irlanda estão em campanha para a suspensão do acordo de livre comércio entre a União Europeia e Israel, com base na violação de direitos humanos em Gaza e no Líbano pelas forças israelenses.
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Israel encerra o cessar-fogo em Beirute
Um drone no jantar da Brigada Golani, no domingo, com quatro mortos e mais de 60 feridos, e alarmes de mísseis que levaram milhões de israelenses aos abrigos antiaéreos, nesta segunda-feira, podem ter acabado com o cessar-fogo informal em Beirute, que já durava mais de 72 horas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que havia concordado em suspender os bombardeios em Beirute, por pressão dos EUA e aliados europeus, voltou a incluí-lo na lista de alvos para estancar os bombardeios do Hezbollah, que agora não se limitam mais ao norte israelense.
Três mísseis vindos do Líbano cruzaram o espaço aéreo israelense e foram interceptados. Fragmentos deles caíram sobre Holon, ao sul de Tel Aviv. O aeroporto Ben Gurion fechou. Um voo que chegava de Berlim foi desviado para Chipre. E outro, que partiria para Lisboa, ficou parado na pista.
A aviação israelense atacou 200 alvos no Líbano, inclusive um local ao norte, a aldeia de Aitou, raramente bombardeado. A Cruz Vermelha contou 19 mortos. Em terra, houve combates violentos entre soldados e os milicianos do Hezbollah.
O chefe do Estado Maior do exército israelense, Herzi Halevi, visitou a base de treinamento da Brigada Golani, em Binyamina, onde um drone matou quatro soldados e feriu 68 na hora do jantar de domingo, às 7 h da noite local. “Estamos em guerra e um ataque a uma base de treinamento na retaguarda é sério com resultados dolorosos”, ele disse, elogiando a reação rápida para tratar e enviar os feridos para os hospitais. “Continuamos a lutar e treinar para as próximas [batalhas]”, concluiu.
O drone mortal foi do tipo Mirsad-1, que carrega 40 quilos de explosivos, alcança 370 quilômetros por hora, com autonomia de 120 quilômetros. É produzido pelo Irã e tem sido usado em missões suicidas ou de reconhecimento. Ele voou com dois outros iguais, um abatido pela marinha, outro por caças, que o perseguiram até que sumiu do radar, quando o consideraram neutralizado. O Hezbollah deve ter 2 mil drones em seu arsenal, alguns deles mais avançados, como o Mohajer-4 e Shahed.
Os Estados Unidos estão enviando a Israel um sistema especial de bateria de mísseis antibalísticos, chamado THAAD (Terminal High-Altitude Area Defense, com cem soldados que vão operá-lo até que israelenses os substituam. “Esta ação ressalta o compromisso ferrenho dos Estados Unidos com a defesa de Israel e com a defesa dos americanos em Israel, de quaisquer novos ataques com mísseis balísticos pelo Irã”, disse o Pentágono no domingo. A instalação dos THAAD antecipa o esperado ataque israelense ao Irã, em retaliação aos 181 mísseis balísticos disparados contra o território israelense, em 1º de outubro.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV