O Ministério da Saúde emitiu um comunicado em apoio irrestrito às vítimas e familiares afetados por eventos adversos graves relacionados à transmissão do HIV em transplantes de órgãos realizados no estado do Rio de Janeiro. O caso, que envolve a infecção confirmada de dois doadores e seis receptores, resultou em uma série de medidas emergenciais para garantir a segurança do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e dos pacientes envolvidos.
Os eventos ocorreram após testes realizados por um laboratório privado, contratado pela Fundação Saúde e sob a responsabilidade da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, para atender ao programa estadual de transplantes. Entre as primeiras providências, está a solicitação de “interdição cautelar do Laboratório PCS Saleme”, responsável pelos exames. Além disso, determinou que a testagem de todos os doadores no estado volte a ser feita exclusivamente pelo Hemorio, utilizando o teste NAT, conhecido por sua maior precisão.
O Ministério também ordenou a retestagem de todos os exames de doadores realizados pelo laboratório envolvido para identificar possíveis novos casos de falsos negativos ou positivos. Pacientes que receberam órgãos de doadores infectados, bem como seus contatos, estão recebendo acompanhamento médico especializado.
Outra medida foi a instalação de uma auditoria urgente no sistema de transplantes do Rio de Janeiro. Essa auditoria será conduzida pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), que apurará eventuais irregularidades na contratação do laboratório e na execução dos testes, reforçando o compromisso com a “supervisão dos processos de trabalho envolvidos”.
O Sistema Nacional de Transplantes, reconhecido mundialmente por sua transparência e segurança, opera com normas rigorosas para proteger doadores e receptores, garantindo que os procedimentos de transplantes no Brasil sigam padrões elevados. “O Ministério da Saúde reforça o compromisso com a segurança e a transparência no processo de doação de órgãos”, e assegura que todas as ações tomadas visam proteger a saúde da população e aprimorar continuamente o sistema.
O objetivo, segundo o Ministério, é manter o SNT como um dos mais confiáveis e seguros do mundo, reforçando normas e orientações técnicas que previnem a transmissão de doenças infecciosas como HIV e Hepatite C.