O avião da Qantas de Sidney para Tóquio levantou voo com o sistema de escolha de filmes quebrado. Nesses casos, a tripulação seleciona um filme para todas as telas. Aí começou o problema. Entrou no ar “Daddio”, com Dakota Johnson e Sean Penn, classificado R, proibido para menores de 17 anos, “pela linguagem, material sexual e nudez gráfica”.
O que fazer com as crianças a bordo? Vendar os olhos, além de apertar os cintos? A CNN internacional foi informada por depoimentos de passageiros postados em redes sociais. Eles não conseguiam pausar nem desligar o vídeo, exibido por quase uma hora. A Qantas pediu desculpas. Pôs no lugar um filme infantil, sem divulgar o nome do que retirou, inútil porque as fotos dele que circularam o identificaram. “O filme não era adequado para ser exibido durante o voo e pedimos sinceras desculpas aos clientes por esta experiência… Estamos revisando como o filme foi selecionado” — declarou um porta-voz da Qantas.
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Trump mandou teste de coronavírus para Putin (Revelações de Guerra, novo livro de Woodward)
O novo livro do jornalista Bob Woodward, War (Guerra), revela um detalhe pitoresco, entre alguns outros assustadores envolvendo líderes mundiais: Donald Trump enviou para o amigo russo Vladimir Putin um teste para coronavírus, para uso pessoal, no auge da pandemia, em 2020.
Hipocondríaco conhecido, Putin agradeceu, mas pediu a Trump: “Não quero que você conte a ninguém porque as pessoas ficarão bravas com você, não comigo”.
Durante uma reunião sobre o Afeganistão, Trump decidiu ouvir a opinião de todos no Situation Room, da Casa Branca. Foi dando a volta à mesa, pedindo a casa um para falar. Até que ouviu de um deles: “Senhor Presidente, sou o anotador”. Ao que então ele respondeu: “Ah, não. Se você está nesta sala, você está falando”.
Bob Woodward, 81, editor especial do Washington Post, repórter investigativo premiado com dois Pulitzer, um deles pelo caso Watergate, com o jornalista Carl Bernstein, que derrubou Nixon, diz no novo livro, War, que “Trump foi o presidente mais imprudente e impulsivo da história americana e está demonstrando o mesmo caráter como candidato presidencial em 2024.” E acrescenta que Trump não é apto para o cargo. Depois que ele deixou o cargo, em 2021, ligou para Putin sete vezes, mesmo com a Rússia em guerra com a Ucrânia, um aliado dos Estados Unidos.
War será lançado no próximo dia 15. Ele abrange as duas guerras que estão consumindo a administração Biden: Rússia e Ucrânia; Israel e Gaza, Líbano, Houthis, Irã. “Para associados, Biden reclamou que Netanyahu era um mentiroso interessado apenas em sua sobrevivência política”, diz o Washington Post, no resumo do livro publicado na edição desta terça-feira. “E concluiu que 18 entre 19 pessoas que trabalham para Netanyahu são mentirosas”.
Em julho, durante um almoço, o secretário de Estado Antony Blinken disse ao presidente Biden, então pesando se se retirava ou não da corrida presidencial, que “o legado de todos é reduzido a uma única frase — e que, se ele continuasse a fazer campanha e perdesse para Trump, esse seria o seu legado.” O livro chega a Kamala Harris, apresentada como uma “astuta e leal número 2 de Biden, mas não uma voz influente na política externa de seu governo”.
O livro reproduz uma frase engraçada do senador Lindsey Graham, fiel a Trump: “Ir para Mar-a-Lago é um pouco como ir para a Coreia do Norte. Todo mundo se levanta e bate palmas toda vez que Trump entra”.
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7/10: um raro dia de apoio a Israel na imprensa internacional
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Hezbollah dispara 165 mísseis e propõe cessar-fogo
O Hezbollah lançou 165 mísseis contra Israel, 85 deles contra Haifa, ao mesmo tempo em que propôs um cessar-fogo imediato e incondicional a Israel.
O pedido foi feito por Naim Qassem, o vice de Hassan Nasrallah, assassinado por Israel. Ele declarou que o Hezbollah (Partido de Deus) está “concordando com um cessar-fogo sem pré-condições, a ser alcançado por meios diplomáticos, com todos os detalhes discutidos depois”.
Qassem, hoje, é o líder militar e político do mais alto escalão do Hezbollah, com a confirmação, pelo primeiro-ministro Netanyahu, de que Hashem Safieddine, o sucessor de Nasrallah, foi assassinado na semana passada. O cessar-fogo proposto deveria ser mediado pela ONU ou outro canal diplomático.
Israel não deu nenhuma indicação de ter se interessado pelo cessar-fogo. Ao contrário: mais soldados foram convocados para afastar o Hezbollah para além do rio Litani, permitindo que os 60 mil residentes do norte israelense voltem para suas casas, sem mais o perigo dos mísseis que os afugentaram há um ano. O primeiro-ministro Netanyahu mandou de novo uma mensagem aos libaneses, em inglês.
“Você se lembra de quando seu país era chamado de pérola do Oriente Médio? Eu me lembro. Uma gangue de tiranos e terroristas o destruiu. Você pode recuperar seu país. Temos a oportunidade de salvar o Líbano antes que ele caia no abismo de uma longa guerra que levará à destruição e ao sofrimento, como vemos em Gaza”.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, falou também do Hezbollah, comparando-o a uma organização “sem cabeça”, ao visitar o front Norte, na terça-feira. Ele iria embarcar quarta-feira para Washington, mas Netanyahu o proibiu, porque ele fala com o governo americano – e o diálogo com os EUA deve ser restrito ao primeiro-ministro. Entre os dois a tensão tem sido permanente. O cancelamento da viagem foi interpretado como um sinal de que o eventual ataque de retaliação ao Irã já esteja engatilhado.
Israel disparou quatro mísseis contra um prédio residencial perto da embaixada do Irã em Damasco, sobre o qual não havia informações oficiais até a noite no Oriente Médio, e bombardeou uma casa e tendas de deslocados em Bureij, no centro de Gaza, que matou 12 palestinos, segundo um balanço inicial.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da BandNews TV