Problemas com avião presidencial reacendem debate sobre compra de nova aeronave para a presidência

A pane no avião presidencial durante a viagem de retorno do presidente Lula do México para Brasília reacendeu a discussão sobre a aquisição de uma nova aeronave para a presidência. O atual avião, um A319 conhecido como “Aerolula”, foi comprado no primeiro mandato de Lula, em 2005, e desde então tem sido utilizado em viagens oficiais.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, defendeu nesta quinta-feira (3) a necessidade de compra de um novo avião para a presidência, após os problemas ocorridos com o voo de Lula no início da semana. O incidente envolveu um possível choque com um pássaro, que causou uma falha técnica logo após a decolagem da Cidade do México. A aeronave teve que voar em círculos por cerca de cinco horas para queimar combustível antes de pousar novamente no México, atrasando a viagem de retorno em oito horas.

Quando finalmente chegou a Brasília ontem (2), o presidente Lula estava visivelmente irritado com a situação. Além do problema inicial, houve outra reclamação: o avião substituto do governo, usado para completar a viagem, apresentava falhas de comunicação, impossibilitando o presidente de manter contato por internet ou telefone com o Palácio do Planalto.

A decisão de adquirir uma nova aeronave foi tomada logo após o desembarque de Lula em Brasília. Embora o custo estimado de R$ 400 milhões tenha sido um fator que anteriormente adiou essa aquisição, a experiência recente convenceu o governo a retomar os planos. Em 2005, a compra do atual avião foi alvo de críticas da oposição e rendeu o apelido de “Aerolula” à aeronave, mas agora a modernização parece inevitável para garantir a segurança e a eficiência dos voos presidenciais.

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