Netanyahu ataca o Irã dos aiatolás. Com um discurso

A um Irã criticado por não ter defendido dos assassinatos a liderança do Hezbollah, como era esperado do líder do Eixo da Resistência, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acertou um golpe inesperado, dirigindo-se diretamente ao povo iraniano, por vídeo, em inglês, com legendas em persa:

“Todos os dias, vemos um regime que os subjuga fazer discursos inflamados sobre a defesa do Líbano, a defesa de Gaza. No entanto, todos os dias, esse regime mergulha a nossa região cada vez mais na escuridão e na guerra (…) A grande maioria dos iranianos sabe que o seu regime não se importa nem um pouco com eles. Se se importasse, deixaria de desperdiçar milhões de dólares em guerras inúteis em todo o Médio Oriente”, e os investiria em infraestrutura, em educação e saúde.

Netanyahu advertiu que “não há nenhum lugar no Oriente Médio que Israel não possa alcançar; nenhum lugar onde não iremos para proteger o nosso povo”. O Irã está com retaliações contra Israel acumuladas, a última delas pelo assassinato de Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah próximo do líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei.
Foi o Irã que criou o “Eixo da Resistência”, a rede de milícias e a Síria que se uniriam para destruir Israel, ou socorrer uns aos outros. Mas o eixo não reagiu aos assassinatos de Nasrallah e dos outros comandantes do Hezbollah nas últimas duas semanas. Aiatolá Khamenei teme que uma guerra aberta com Israel prejudique muito o Irã ante a capacidade militar das forças israelenses.

O Hezbollah é o principal membro do “Eixo da Resistência”, a milícia considerada a mais poderosa do mundo, com seus 150 mil mísseis. Os grupos que atuam no Iraque, na Síria e no Iêmen são menores, mas receberam gordos investimentos do Irã. O jornal New York Times publicou nesta segunda-feira um diagnóstico de vários especialistas que ouviu. A conclusão: “o eixo ficou abalado depois que o Hezbollah sofreu perdas devastadoras”. O outro estado parte da Resistência, a Síria, demorou dois dias para lamentar a morte de Nasrallah, que o manteve no poder quando estourou a guerra civil.

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