O Partido Verde alemão, diante do mal me quer nas eleições de domingo, em que ficou em quinto lugar, está em crise profunda. Toda a sua cúpula renunciou. A liderança verde concluiu que melhor será uma troca por “rostos novos”.
A troca está prevista para a reunião do partido em novembro, em Wiesbaden. “Foi uma hora servir a este partido”, disse Ricarda Lang, líder do Partido Verde com Omid Nouripour.
Venceu as eleições o partido SPD, Social-Democrata, do chanceler Olaf Scholz, mas por uma diferença pequena sobre o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD)
Onda de choque por estupro em massa na França
O marido drogou Gisèle Pelicot e a ofereceu para mais de 50 homens, em Mazan, na França, durante dez anos. Ela optou por não ficar anônima e fez questão de divulgar o próprio nome no tribunal que começou a julgar o caso, em 2 de setembro, em Avignon .
“A Europa não tem política industrial” O alerta do CEO da Renault, Luca de Meo, está na capa da revista francesa L’Express.
O papa na capital da Europa secular. O Papa Francisco começa hoje uma viagem
de quatro dias a Luxemburgo e Bélgica.
Cessar-fogo no Líbano? Israel: sim, não
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu aceitou um cessar-fogo de 21 dias no Líbano. Mas se distanciou dele, rapidamente, quando anunciado nos EUA. Assim foi também em vários momentos do acordo para troca de reféns por prisioneiros palestinos, hoje paralisado por impasse.
Reflexo dessa oscilação entre sim e não, o ministro da Defesa Yoav Gallan mantém a ordem para a invasão da infantaria e tanques ao Líbano, enquanto um dos principais conselheiros do governo israelense, Ron Dermer, discute o cessar-fogo nos Estados Unidos.
Em Israel, Netanyahu está com um grave problema: se aceitar o cessar-fogo, o seu ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, Itamar Ben-Gvir, o abandonará, deixando-o vulnerável no Parlamento. “A coisa mais básica e compreensível é que quando seu inimigo está de joelhos, você não permite que ele se recupere, e faz tudo para derrotá-lo” — diz Ben-Gvir.
Netanyahu embarcou para Nova York, onde falará à Assembleia Geral da ONU. A agenda do embarque, do desembarque, do discurso e da volta são mantidos em segredo. O discurso estava marcado para sexta-feira, e a chegada aos EUA, na terça, mas foi adiada por causa da guerra com o Hezbollah, no Líbano. Quando falou na ONU, a última vez, Netanyahu descreveu a paz no Oriente Médio, com a normalização das relações entre Arábia Saudita e Israel.
Outro problema para o cessar-fogo é o Hezbollah. Sem ser um estado, considerado um grupo terrorista, mas poder político e militar dominante no Líbano, seu líder, Hassan Nasrallah, mais ligado ao Irã, vai aceitar o que aceitar o governo libanês? Hoje, o grupo disparou cerca de 50 mísseis contra a Alta Galileia, mostrando que ainda tem poder de fogo, depois dos ataques sem precedentes sofridos pelas forças israelenses.
Israel também continuou atacando e matou 20 pessoas em Youmine, no Vale de Bekaa, e outras três em Tiro. Os caças voltaram a Beirute atrás do responsável por drones e mísseis do Hezbollah. Não há informações sobre se ele foi encontrado. Os palestinos e familiares de reféns em Gaza temem que sejam esquecidos e volte a falar comida de novo.
O Irã pede cessar-fogo para o Hezbollah
O Irã pediu que Israel interrompa os ataques ao Hezbollah no Líbano, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU: “O caminho para a desescalada é claro: Israel deve parar imediatamente seus ataques à Gaza e ao Líbano”, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que também falou hoje à Assembleia Geral, afirmou: “Essa loucura não pode continuar”. Ele foi aplaudido, aos gritos de “Palestina Livre”, pela audiência de representantes do mundo inteiro.
Abbas sugeriu a expulsão de Israel das Nações Unidas por ele não aceitar a solução de dois estados para o conflito israelense-palestino. “Não vamos embora, a Palestina é a nossa pátria. Se alguém tem que ir embora, é o ocupante”. Ele apresentou um plano de 12 pontos a ser executado após o “genocídio” em Gaza. Mas não se referiu ao Hamas uma única vez, o culpado por ter provocado a guerra em Gaza ao atacar Israel.
O Iraque se juntou ao Irã no esforço de obter um cessar-fogo no Líbano. Os danos ao Hezbollah causados pelos contra-ataques de Israel foram muito importantes, “e é por isso que, apesar da retórica ardente, o Irã está procurando um cessar-fogo,” observou um especialista ao jornal New York Times.
O Hezbollah começou a disparar mísseis contra Israel desde o dia seguinte à invasão do Hamas às cidades e kibutzim da fronteira israelense, em 7 de outubro. “Por solidariedade”, foi a explicação. Na semana passada, quase onze meses depois dos mísseis diários, que deslocaram 60 mil israelenses do norte para o sul, Israel resolveu intensificar suas respostas. Os pagers e walkie talkie do Hezbollah explodiram, com dezenas de mortos e milhares de feridos, e seus principais líderes militares foram assassinados.
Hoje, mais um foi morto: o comandante da “força aérea” de mísseis e drones do Hezbollah, Mohammed Sur, atacado no bairro de Dahieh, em Beirute.
Um projeto de cessar-fogo iniciado pelos EUA e apoiado por vários países está circulando nos corredores da Assembleia Geral em Nova York. Jornais israelenses publicaram nesta quinta-feira informações contraditórias, uns dizendo que Netanyahu o tinha aceitado, e outros, pelo contrário, que ele teria dado ordens para uma invasão da infantaria ao Líbano. Não é uma surpresa, porque essa postura foi repetida várias vezes durante a discussão do plano de libertação de reféns e prisioneiros palestinos, que está paralisado.
Netanyahu desembarcou nesta quinta-feira nos EUA para discursar sexta na ONU. Pode ser que o endurecimento que tenha demonstrado seja orquestrado para levar o Hezbollah ao cessar-fogo, permitindo a volta dos deslocados às suas casas depois de quase um ano. A Casa Branca disse que o plano de cessar-fogo foi apresentado a Israel antes de vazar.