A escalada de violência no Oriente Médio atingiu novos patamares, com o número de mortos em ataques aéreos israelenses no Líbano subindo para 274. Este já é considerado o ataque mais mortal na região desde outubro, deixando mais de mil pessoas feridas.
Em resposta à situação crítica, hospitais libaneses receberam orientações para cancelar cirurgias não urgentes, enquanto escolas no sul do país e em Beirute permanecem fechadas pelo menos até amanhã. Com o conflito se intensificando, moradores libaneses próximos a bases do Hezbollah foram instruídos a deixar suas casas, e o Exército de Israel emitiu mais de 80 mil alertas telefônicos para a população.
O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, confirmou que a força aérea atacou mais de 300 alvos nesta segunda-feira (23), afirmando que cada casa atingida continha armamentos. Em um pronunciamento televisionado, o primeiro-ministro de Israel prometeu que a ofensiva contra o Hezbollah continuará, afirmando que o grupo extremista foi atingido de uma forma sem precedentes.
Na última sexta-feira (20), um bombardeio em Beirute resultou na morte de 45 pessoas, incluindo um líder do Hezbollah. Diante da gravidade da situação, o primeiro-ministro libanês cancelou sua ida à Assembleia-Geral da ONU, enquanto o Hezbollah intensifica sua resposta, disparando dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel.