Em 2022, 837 mil pessoas viviam em domicílios coletivos no Brasil, o que representa 0,4% da população. Os dados são do Censo Demográfico 2022, que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (6).
Pela primeira vez, a pesquisa revelou dados detalhados sobre os moradores de domicílios coletivos e improvisados no país.
“Para o Censo 2022, domicílios coletivos foram definidos como uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam, na data de referência, era regida por normas de subordinação administrativa”, disse Bruno Perez, analista do IBGE.
“O Censo destacou que 479 mil pessoas viviam em “penitenciária, centro de detenção e similar”, sendo este o tipo de domicílio coletivo com maior número de residentes.
Além disso, nas prisões, a taxa de analfabetismo era de 6,6%, sendo esse o menor valor entre todos os tipos de domicílios coletivos e também inferior ao dado total da população brasileira (7,0%). Isso se deve ao perfil mais jovem das pessoas encarceradas.
Segundo o Censo, 40,7% das pessoas que viviam em “penitenciária, centro de detenção e similar” tinham entre 20 e 29 anos. Nesse tipo de domicílio coletivo, a maioria dos residentes era homens. Nas penitenciárias, 96,0% dos moradores eram do sexo masculino, enquanto, nas unidades de internação de menores, eram 96,2%.
O “asilo ou outra instituição de longa permanência para idosos” foi o segundo tipo com mais moradores, com 161 mil pessoas, ou seja, 19,2% do total de moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população brasileira.
De acordo com o Censo, as regiões Sul e Sudeste concentravam 82,3% dos moradores dos domicílios do tipo “Asilo”. “Esse percentual pode ser explicado pelo fato de serem as duas regiões com as estruturas etárias mais envelhecidas do país”, explicou o pesquisador.