O indicado à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, começou a se mobilizar para garantir apoio no Senado. A partir desta semana, Galípolo iniciará o tradicional “beija-mão” com os senadores, buscando apoio para sua nomeação.
A votação para o cargo é secreta e precisa ser presencial, o que requer que os senadores estejam presentes em Brasília. O governo está interessado em que a confirmação de Galípolo ocorra antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para os dias 17 e 18 de setembro.
Galípolo, que atualmente é diretor de Política Monetária do Banco Central, já entrou em contato com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Vanderlan Cardoso, e com o ex-presidente do colegiado, Otto Alencar. Ambos receberam bem as ligações, e uma conversa presencial está pré-agendada.
Otto Alencar, que foi o relator da indicação de Galípolo à diretoria de Política Monetária, se colocou à disposição para ajudar na articulação com os parlamentares do PSD. A nomeação de Galípolo ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União antes de ser oficialmente encaminhada para a CAE e o plenário do Senado.
A oposição deve explorar a relação de Galípolo com o presidente Lula, que é crítico dos juros altos e tem um histórico de conflito com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro.