A Justiça russa condenou, nesta quinta-feira (15), a bailarina russo-americana, Ksenia Karelina, a 12 anos de prisão por traição. A mulher é acusada de transferir US$51 (cerca de R$300) para uma ONG humanitária que apoia a Ucrânia.
O julgamento de Karelina ocorreu de forma fechada na cidade de Yekaterinburg, no mesmo tribunal em que o jornalista do Wall Street Journal, Evan Gershkovic foi condenado por espionagem.
Segundo a procuradoria russa, a bailarina não realizou a doação por caridade. Investigadores do Kremlin apontam que o foco das doações era a compra de medicamentos e equipamentos militares para auxiliar o exército ucraniano contra a Rússia. Ela declarou-se culpada das acusações.
A organização Razom for Ukraine, instituição que recebeu os valores, está baseada em Nova York, nos Estados Unidos, mas presta ajuda humanitária para crianças e idosos na Ucrânia. A ONG nega ter qualquer relação com as forças militares de Kiev.
A dançarina vive há mais de 10 anos em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas está na Rússia desde janeiro deste ano para visitar a família. Equipes do serviço de segurança de Moscou realizaram a prisão.
Em entrevista, a bailarina disse esperar um acordo de troca de prisioneiros entre a Casa Branca e o Kremlin. Ainda não há conversas públicas sobre negociações.
Alexandre Mansano (sob supervisão de João Vieira)