Nesta segunda-feira (5), após dois adiamentos das semifinais do surfe nas Olimpíadas de 2024, a competição finalmente pôde continuar. Gabriel Medina, famoso surfista brasileiro, era um dos favoritos para a medalha de ouro nesta edição. Porém, um mar “flat” – com poucas ondas – e um tubo inesperado de seu adversário australiano, Jack Robinson, levaram o brasileiro à eliminação.
A bateria contou com apenas quatro ondas surfadas, sendo três delas pelo australiano e uma por Gabriel. O tubo de Jack foi o que garantiu a sua vitória, com uma nota de 7,83 somada a um 4,50. O brasileiro, mesmo sem conseguir uma boa onda, fez uma bela performance na única que surfou e recebeu um 6,33 pelo seu aproveitamento, precisando apenas de um 6,01 para ultrapassar seu adversário. No entanto, a calmaria que deu início a bateria retornou e o mar ficou apenas com marolas até o final da prova.
Medina vinha seguindo uma excelente trajetória até o momento, digna de alcançar a primeira posição no pódio. Além de eliminar Kanoa Igarashi, o surfista japonês que o havia eliminado na edição passada das Olimpíadas, ele conquistou a maior nota olímpica na modalidade durante o confronto, um 9,90, e protagonizou uma foto que com certeza ficará marcada na história olímpica. Todos esses fatores culminaram em uma revolta dos torcedores brasileiros nas redes sociais, que questionaram a decisão de realizar a prova nas condições em que o mar, do Tahiti, se encontrava.
Independentemente da indignação nacional, as provas vão continuar. Às 19h54, está prevista a disputa pela medalha de bronze, onde Medina irá encarar o peruano Alonso Correa.