Na noite desta segunda-feira (5), a surfista brasileira Tatiana Weston-Webb conquistou a primeira medalha brasileira no surfe feminino.
Tatiana nasceu no Rio Grande do Sul, mas se mudou para o Havaí com apenas dois meses de idade. Inicialmente começou sua carreira esportiva no futebol, mas aos 13 anos optou pelo surfe e pela representação brasileira.
Devido à sua dupla nacionalidade, frequentemente a comparam com as surfistas da delegação americana, o que levou a uma série de desconsiderações. No entanto, este ano, Tatiana mostrou suas habilidades e representou muito bem o Brasil, levando o país de escolha ao pódio olímpico.
Durante o torneio, Tatiana enfrentou a campeã da última edição, Caitlin Simmers, e a eliminou nas oitavas de final. Na final, enfrentou a atual campeã mundial de surfe, outra americana, Caroline Marks. A bateria começou com um mar muito calmo, e Caroline encontrou uma onda que lhe garantiu uma nota de 7,5.
Tatiana resistiu até o final, tentando superar a soma de notas da americana (10,5). Em sua última onda, que a levou para a beirada da praia, obteve uma nota de 4,5. No entanto, para ultrapassar Caroline, ela precisava de um 4,68.
O resultado gerou polêmica entre os torcedores brasileiros, que expressaram insatisfação com a última nota que Tatiana recebeu e alegaram que ela teve o ouro “roubado”. Apesar das revoltas públicas, Tatiana expressou muita satisfação com sua trajetória e resultado, tornando-se a primeira mulher campeã olímpica no surfe pelo país que escolheu representar.