A Rússia lançou um ataque em grande escala contra Kiev e outras cidades ucranianas, na madrugada desta sexta-feira (4). Segundo a Força Aérea da Ucrânia, a ofensiva contou com o número recorde de 539 drones e onze mísseis balísticos disparados de uma só vez no país, superando os 537 alvos aéreos usados pelo governo russo na investida de 29 de junho.
A ação de Moscou aconteceu horas depois de um telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, em que o republicano afirmou não ter resultado em “nenhum progresso”. O ataque também foi o primeiro desde que a Casa Branca suspendeu o envio de mísseis de defesa aérea Patriot para a Ucrânia, alegando a necessidade de os níveis da própria reserva de armamentos.
De acordo com as autoridades de Kiev, o ataque durou cerca de 13 horas, deixando 23 feridos e uma onda de fumaça, fogo e destruição em áreas residenciais.
“Noite absolutamente horrível e sem dormir em Kiev. Um dos piores (ataques) até agora. Foi uma das investidas aéreas em maior escala – deliberadamente massiva e cínica. Tudo isso é uma evidência clara de que, sem uma pressão verdadeiramente em grande escala, a Rússia não mudará seu comportamento estúpido e destrutivo”, escreveu Andrii Sybiha, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, na rede social X.
A Força Aérea ucraniana disse ter conseguido neutralizar 478 alvos aéreos, enquanto nove dos mísseis e 63 drones atingiram os alvos. Entre os armamentos utilizados, estava o projétil hipersônico norte-coreano KN-23. A Rússia disse estar disposta a negociar, mas Kiev não compartilha dos mesmos interesses, levando em conta a escalada da guerra, que já dura mais de três anos.
