Quer Envelhecer Bem?

Faça esses testes de mobilidade
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A mobilidade é fundamental para a autonomia e a qualidade de vida ao longo dos anos e permite que as pessoas realizem atividades diárias com independência e conforto. No entanto, com o passar do tempo, é comum que a capacidade de se movimentar livremente diminua, impactando atividades diárias e, em casos mais severos, levando à dependência e ao comprometimento da saúde mental e física. O bom funcionamento das articulações, músculos e sistema nervoso é essencial para manter a saúde física e mental. A prevenção da perda dessas habilidades deve ser uma prioridade em todas as fases da vida. Abordaremos neste artigo como avaliar a mobilidade, os fatores que contribuem para sua perda e dicas práticas para preservar a funcionalidade ao longo dos anos. Lembre-se de que a orientação de um profissional especializado é fundamental para prevenir lesões e obter melhores resultados. 

1. Como avaliar a mobilidade 

Avaliar a mobilidade pode ser feito de forma simples, tanto em casa quanto no consultório. Aqui estão alguns testes fáceis e práticos: 

  • Teste de Sentar e Levantar:[Quebra da Disposição de Texto]Sente-se em uma cadeira sem usar as mãos para apoio e levante-se. Esse teste avalia a força dos membros inferiores e o equilíbrio. 
  • Como avaliar: 
  • Bom resultado: conseguir levantar e sentar-se repetidamente com facilidade. 
  • Atenção: dificuldade ou necessidade de apoio pode indicar redução de força muscular ou equilíbrio. 

 

  • Teste de Equilíbrio em Pé:[Quebra da Disposição de Texto]Fique em pé em uma perna só por até 30 segundos. 
  • Como avaliar: 
  • Bom resultado: permanecer estável por 30 segundos ou mais. 
  • Atenção: tremores ou dificuldade em se equilibrar podem indicar fragilidade no equilíbrio. Este teste ajuda a avaliar o equilíbrio e a força do core. 

 

  • Teste de Flexibilidade:[Quebra da Disposição de Texto]Sente-se no chão com as pernas esticadas e tente tocar os dedos dos pés. 
  • Como avaliar: 
  • Bom resultado: alcançar os dedos dos pés ou chegar próximo. 
  • Atenção: dificuldade pode indicar encurtamento muscular ou falta de flexibilidade. 

 

  • Teste de Caminhada de 6 Minutos:[Quebra da Disposição de Texto]Caminhe confortavelmente em linha reta por seis minutos e avalie a distância percorrida. 
  • Como avaliar: 
  • Bom resultado: percorrer 500 a 600 metros. 
  • Atenção: fadiga excessiva ou redução significativa na distância percorrida pode ser um sinal de redução da capacidade cardiorrespiratória. 

 

2. Fatores que contribuem para a perda de mobilidade com o envelhecimento 

Com o envelhecimento, diversas alterações fisiológicas podem impactar negativamente a mobilidade, como: 

  • Perda de massa muscular (sarcopenia): natural após os 30 anos, a perda de força e massa muscular pode ser acelerada pela inatividade física. 
  • Diminuição da flexibilidade: com o tempo, os tendões e ligamentos tendem a perder elasticidade, reduzindo a amplitude de movimento. 
  • Comprometimento articular: doenças como artrose afetam as articulações, provocando dor e limitação dos movimentos. 
  • Redução do equilíbrio: alterações no sistema vestibular e na propriocepção (percepção do corpo no espaço) podem causar instabilidade e aumentar o risco de quedas. 
  • Doenças neurológicas: condições como Parkinson, AVC e neuropatias periféricas também afetam a mobilidade. 
  • Doenças crônicas: condições como diabetes e doenças cardiovasculares também impactam negativamente a mobilidade. 

 

3. Dicas de exercícios e hábitos para preservar a mobilidade 

A prevenção da perda de mobilidade requer uma abordagem integrada que envolva exercícios físicos regulares e hábitos saudáveis. Algumas práticas recomendadas incluem: 

  • Exercícios Físicos: 
  • Treinamento de força: agachamentos, levantamentos de peso e exercícios com elásticos ajudam a preservar a massa muscular. 
  • Alongamento: alongamentos regulares promovem a flexibilidade e previnem o encurtamento muscular. 
  • Exercícios de equilíbrio: práticas como ioga, pilates e treinos específicos de equilíbrio fortalecem a musculatura central (core) e melhoram o equilíbrio. 
  • Atividade aeróbica: caminhadas, natação ou ciclismo promovem o aumento da resistência e saúde cardiovascular. 
  • Hábitos Saudáveis: 
  • Manter uma alimentação balanceada rica em proteínas, cálcio, vitamina D e antioxidantes para fortalecer ossos, músculos e articulações. 
  • Hidratação adequada para evitar a desidratação, que pode comprometer o desempenho muscular, articular e cerebral. 
  • Sono de qualidade para a recuperação muscular e a manutenção da saúde neuromuscular. 
  • Estimular a atividade física e o movimento (evitar o sedentarismo): pequenos hábitos, como levantar-se a cada hora para se alongar e trocar a escada rolante ou elevador pela escada normal, podem prevenir a rigidez e estimular a circulação. 

4. O papel da fisioterapia e da ortopedia em casos de limitação severa 

Quando a mobilidade já está comprometida de forma significativa, a intervenção de profissionais especializados é essencial para restaurar ou otimizar a funcionalidade, prevenir complicações e preservar a qualidade de vida. 

  • A Fisioterapia: 
  • A fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação de pacientes com limitações de movimento. Com abordagens que incluem: 
  • Orientações específicas e individualizadas para prevenir e tratar incapacidades físicas e cognitivas. 
  • Terapia manual para aliviar dores e aumentar a amplitude de movimento. 
  • Exercícios terapêuticos personalizados para fortalecer musculaturas específicas. 
  • Treinamento funcional para ajudar o paciente a recuperar a capacidade de realizar atividades cotidianas com independência. 
  • Analgesia com técnicas como eletroterapia e termoterapia (calor e/ou gelo) para melhorar a performance física. 

 

  • A Ortopedia: 
  • Nos casos em que há comprometimento estrutural, como fraturas, artrose avançada ou deformidades, o ortopedista avaliará a necessidade de intervenções como: 
  • Tratamento medicamentoso para alívio da dor e redução da inflamação. 
  • Procedimentos minimamente invasivos, como infiltrações. 
  • Cirurgias corretivas ou de substituição articular (como próteses de joelho ou quadril) para restaurar a função. 

A mobilidade ao longo da vida não é apenas uma questão física, mas uma chave para a independência, um componente vital da saúde, qualidade de vida e bem-estar emocional. Avaliar, prevenir e, quando necessário, tratar a perda de mobilidade é um importante investimento na saúde e na longevidade. Com a prática de hábitos saudáveis, é possível preservar a capacidade de se movimentar com liberdade e viver plenamente cada fase da vida. 

Prof. João Douglas Gil CREFITO-3 13198F
Fisioterapeuta
Head Nacional da Fisioterapia da Brazil Health