O presidente do Banco Central participa nesta terça-feira (28) da primeira reunião do ano com o Comitê de Política Monetária. Gabriel Galípolo vai se reunir com três diretores do Copom para discutir a conjuntura econômica do país, com foco na taxa de juros.
Como antecipado em dezembro, a expectativa é por um aumento de pelo menos um ponto porcentual na Selic, de 12,25% para 13,25% ao ano. Em março, uma nova reunião deve aumentar a taxa em mais um ponto, até chegar em 14,25%; a projeção de teto em 2025 é de 15% ao ano.
A alta dos juros é o instrumento utilizado para conter a alta da inflação. Na última segunda-feira (27), o Banco Central elevou as projeções do IPCA de 5,08% para 5,5%, conforme divulgado no relatório do Boletim Focus. O governo alega que a inflação é resultado de uma série de fatores, como problemas climáticos, alta do dólar e da renda da população.
Mas economistas, por outro lado, apontam que é o déficit das contas públicas que contribui diretamente para a alta dos preços. no caso do governo, se o orçamento não fecha, ocorre o endividamento. Assim, a União acaba prometendo pagar juros mais altos a quem compra títulos públicos. As taxas de empréstimo mais altas podem se espalhar para a economia toda, afetando os preços.
