Preços altos de alimentos devem se propagar, segundo Banco Central

Instituição concluiu que esses aumentos são impulsionados por mecanismos inerciais da economia brasileira, o que faz com que a elevação dos preços se propague no médio prazo
Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (4), a instituição alertou que os preços elevados dos alimentos, que tiveram aumentos significativos recentemente, devem continuar a impactar a economia no médio prazo. A reunião, realizada na semana passada, resultou em um aumento da taxa básica de juros, que passou de 12,25% para 13,25% ao ano.

De acordo com a ata, o Banco Central observou que a alta nos preços dos alimentos foi impulsionada por diversos fatores, como a estiagem que afetou a produção agrícola ao longo do ano e o aumento nos preços das carnes, influenciado pelo ciclo de valorização do boi. A instituição concluiu que esses aumentos são impulsionados por mecanismos inerciais da economia brasileira, o que faz com que a elevação dos preços se propague no médio prazo.