Na tarde desta segunda-feira (14), o líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), protocolou o requerimento de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A proposta recebeu 264 assinaturas, sendo que duas foram invalidadas, mas ainda superou o mínimo necessário de 257 apoios.
Com o protocolo da urgência, o PL tenta acelerar a tramitação do projeto, que poderá ir direto ao plenário, sem precisar passar por comissões temáticas. Essa movimentação aconteceu antes do esperado, já que inicialmente o partido planejava apresentar o pedido na próxima terça-feira (22), durante reunião de líderes, momento considerado mais propício para articulações políticas.
Agora, cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidir se pauta o requerimento no plenário. A votação exige maioria absoluta para ser aprovada. Enquanto isso, lideranças do PL seguem em articulações, inclusive com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem viajado o país em defesa do projeto.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), criticou o pedido e afirmou que o projeto “não condiz com o que os parlamentares da oposição estão dizendo. Não se trata de dosimetrias das penas, como foi dito”. Guimarães também ressaltou que não há precedentes, em plena democracia, para a concessão de anistia antes do julgamento judicial.
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