Uma operação conjunta das polícias civis de quatro estados e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) mira um esquema de estelionato milionário contra jogadores de futebol. Sete pessoas são suspeitas de integrar uma quadrilha que desviava parte dos salários de atletas.
Segundo investigações, os criminosos utilizavam documentos falsos para abrir contas bancárias em nome dos jogadores. Em seguida, a quadrilha realizava um pedido de portabilidade dos salários, que passavam a ser depositados nas contas fraudulentas controladas pelos golpistas. Entre os principais jogadores estão o atacante Gabriel Barbosa, atualmente no Cruzeiro, e o zagueiro Walter Kannemann, do Grêmio.
Ainda de acordo com a polícia, depois que o dinheiro era desviado, os criminosos realizavam diversas transações, compras e saques para pulverizar o dinheiro e dificultar a recuperação. Os agentes efetuaram mais de cinco prisões em Roraima e duas no Paraná, incluindo o chefe da quadrilha, que foi preso em Curitiba.
A operação, batizada de “Falso 9”, cumpre 11 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão em Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Almirante Tamandaré (PR) e Lábrea (AM). Mais de R$ 800 mil foram apreendidos com os suspeitos, além de maquininhas de cartão e celulares usados no esquema fraudulento.
Os jogadores foram informados sobre os desvios. Já os integrantes do grupo fraudulento podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso sejam condenados, as penas somadas podem alcançar até 30 anos de prisão.