Para rabinos, Trump é um “mensageiro divino”
Trump no Muro das Lamentações, em 2017.
O presidente Donald Trump foi elevado a “emissário divino na luta global pela moralidade e justiça”, ontem, por um grupo de rabinos sionistas do grupo Torat Haaretz HaTova.
Trump foi avisado por carta sobre seu novo ‘cargo’ em defesa de valores éticos e de combate ao extremismo. “Oramos na Terra de Israel e em Jerusalém para que Deus proteja você e aqueles ao seu redor, e que Sua bênção descanse em seu trabalho e que você traga paz e prosperidade ao mundo.”
Os rabinos explicaram a Trump que ele foi “escolhido por Deus” para o papel relevante na luta atual contra o terrorismo radical, que não é apenas um conflito regional, mas uma batalha pela sobrevivência de valores morais e justos, segundo o jornal Jerusalem Post desta quinta-feira.
“A guerra do judaísmo contra o Islã radical, da qual estamos atualmente no meio, é de fato uma batalha do mundo livre contra a violência cruel, que odeia a civilização e os valores morais que todas as nações herdaram da Bíblia.
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Ataques ao Irã nuclear? Só nos jornais.
Israel vai bombardear as usinas nucleares iranianas que estariam produzindo bomba atômica? Os jornais Washington Post, Wall Street Journal e New York Times respondem “sim”, talvez este ano, mas a Casa Branca, a CIA, a Agência de Inteligência de Defesa e o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional não respondem nem sim nem não, “sem comentários”.
As notícias de um ataque de Israel às usinas de Fordow e Natanz, no Irã, começaram a aparecer depois do último relatório da Diretoria de Inteligência do Estado-Maior Conjunto e da Agência de Inteligência de Defesa, entregue à transição Biden-Trump, em janeiro. Nenhum jornal diz que o leu, mas os três obtiveram vazamentos de fontes seguras, porém anônimas.
Dois possíveis ataques são descritos. O primeiro, com mísseis balísticos disparados de fora do espaço aéreo iraniano. E o outro, com caças entrando no Irã e despejando bombas BLU-109s, as fura-bunkers, nas usinas nucleares. O presidente Trump notificou o Congresso que aprovou a venda delas para Israel, na semana passada. Até então, sob Biden, estavam proibidas.
Eleito, antes da posse, Trump foi sondado por um emissário de Netanyahu, em Mar-a-Lago, sobre como reagiria a um ataque israelense ao Irã-nuclear. Ele voltou a Israel com a impressão de que teriam o apoio dos Estados Unidos, que proveria aviões-tanques para reabastecimento dos caças no ar, inteligência, vigilância e reconhecimento.
Agora seria a hora de um ataque, segundo Israel, porque em seu último bombardeio ao Irã, em outubro, tirou de ação alguns radares que deixaram os alvos indefesos. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou, recentemente, que “o Irã, hoje, está mais exposto do que nunca a um ataque”. E acrescentou: “Há uma chance de alcançar o objetivo mais importante, que é o de frustrar e remover a ameaça de aniquilação que paira sobre Israel”.
Diante de tantas notícias de ataques, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, admitiu que os inimigos podem bombardear os centros nucleares, mas não impedirão que novos sejam construídos. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informa que as usinas nucleares iranianas estão enriquecendo urânio a níveis sem uso civil. Seus inspetores não as puderam visitar.
O presidente Trump, em seu primeiro mandato, tirou os EUA do acordo de desnuclearização do Irã. Agora, porém, está preferindo mais negociar a atacar. “Acho que vamos fazer um acordo no Irã”, ele declarou à Fox News. “Acho que eles estão com medo. Acho que o Irã adoraria fazer um acordo e eu adoraria fazer um acordo com eles sem bombardeá-los. Todo mundo acha que Israel, com nossa ajuda ou nossa aprovação, vai bombardeá-los. Eu prefiro que isso não aconteça”.
*Esse texto não reflete necessariamente a opinião da BandNews TV